Projeto de Educação Ambiental é uma parceria entre a Prefeitura de Contagem e a ABFPAR
Alunos das escolas municipais Vasco
Pinto da Fonseca, José Ovídio Guerra e crianças da Casa de Apoio do
Eldorado participaram na sexta-feira (10/7), na praça da Glória, do
lançamento do Projeto de Educação Ambiental com Aves de Rapina em
Contagem (Predar/Contagem).
O projeto é resultado da parceria entre a
Prefeitura de Contagem e a Associação Brasileira de Falcoeiros e
Preservação de Aves de Rapina (ABFPAR) e tem como objetivo realizar
atividades de educação ambiental para a população, demonstrando
conceitos básicos da biologia de uma ave de rapina e a sua respectiva
importância no ecossistema.
Durante o evento, a prefeitura lançou
também a campanha educativa "Cerol Nunca", que busca conscientizar a
população para o uso indevido de cerol, linhas chilenas e os problemas
que eles causam.
O prefeito Carlin Moura destacou a
importância da preservação da natureza e das aves de rapina e orientou
as crianças a não utilizarem cerol. "É muito importante manter a cidade
limpa e a natureza preservada. As águias, falcões e corujas que vocês
viram aqui vivem em nossa cidade, especialmente, em nossos parques e nas
áreas ambientais, por isso preservar esses locais é fundamental para
manter o equilíbrio. Está chegando o período de férias e vocês vão
brincar de papagaio, mas precisam lembrar de uma coisa muito importante,
não usar cerol".
Outras regiões da cidade, além do
Eldorado, também receberão ações do projeto, como conta o presidente da
Conparq, José Carlos Gomes. "Iniciamos na praça da Glória, na região do
Eldorado e vamos levar o Predar para outras praças, parques e também
escolas de Contagem. Nosso objetivo é conscientizar a população,
principalmente as crianças. Esperamos que elas se tornem agentes
multiplicadores do projeto em suas casas e seus bairros".
O presidente da ABFPAR, João Paulo Diogo
Santos, explicou que Contagem foi a primeira cidade do Brasil a receber
o Predar e contar com o apoio da prefeitura foi muito importante para a
associação. "Esse evento marca o início de uma grande parceria, na qual
os grandes beneficiados serão as aves de rapina e a população".
Aluno da Escola Municipal Vasco Pinto da
Fonseca, Yago Felipe Ribeiro, 8, conta o que aprendeu no evento. "Não
podemos usar cerol, porque pode cortar as asas dos pássaros e ferir
algum motoqueiro". Ariele Xavier, 11, estuda na Escola Municipal José
Ovídio Guerra e também aprendeu sobre os problemas causados pelas linhas
cortantes. "Achei o evento muito legal. Aprendi que não podemos usar
linha chilena e cerol na hora de soltar papagaio, para não machucar os
animais e as pessoas".
Além da apresentação da Associação
Brasileira de Falcoeiros, o evento contou com a participação da 2ª Cia
de Missões Especiais da PMMG, que realizou uma palestra antidrogas e uma
apresentação com cães treinados. O Predar conta ainda com o apoio da
Guarda Municipal Ambiental (GMA), das secretarias municipais de Meio
Ambiente e Sustentabilidade, Educação, Esporte Lazer e Juventude,
Comunicação e Transparência e da empresa Gavilan Serviços Ambientais.
Estiveram presentes ao lançamento o
secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Antônio Carlos Gama; o
chefe de gabinete, Farley Lima; o vice-presidente da Conparq, Bruno
Bianor; o secretário-adjunto de Esporte Lazer e Juventude, Carlos
Xavier; o administrador da Regional Eldorado, Renato Barros; e o
vereador Beto Diniz.
Legislação
De acordo com a Lei Municipal nº 4.621,
de 30/9/2013, que alterou a redação da Lei Municipal nº 3.758, de
5/11/2003, "ficam proibidos, no âmbito do município, a industrialização,
a comercialização, o armazenamento, o transporte, a distribuição, a
manipulação e o uso de cerol, "linha chilena" ou de qualquer material
cortante utilizado para empinar papagaios, pipas, pandorgas ou
semelhantes, bem como o uso destes materiais nas próprias e rabiolas".
Além de
ter o objeto apreendido, quem infringir a legislação e fizer uso do
cerol ou da linha chilena fica sujeito a ser encaminhado à autoridade
policial e ao pagamento de multa no valor de R$ 500,00. Se o infrator
for menor de idade, o responsável legal responderá por ele, sem prejuízo
do encaminhamento ao Conselho Tutelar. A lei ainda prevê que, em caso
de reincidência, a multa será equivalente ao dobro da aplicada
anteriormente.
Além disso, o estabelecimento comercial
que descumprir a lei pode ter o alvará de localização e funcionamento
cassados pelo órgão público competente.
REPÓRTER: Camila Ribeiro
FOTO CRÉDITO: Jéssica Gabrielle
PUBLICAÇÃO: 14/07/2015 11:36:37
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