terça-feira, 2 de setembro de 2014

Professora lança livro sobre centenário da escola Sabino Barroso


No aniversário de Contagem, a Escola Municipal Doutor Sabino Barroso também está em festa para celebrar o seu centenário. O coletivo da escola preparou uma programação especial para brindar a população contagense, incluindo jantar de confraternização, celebração de missa de ação de graças e o lançamento do livro“100 anos da Escola Municipal Doutor Sabino Barroso”,obra que recupera a história e memória do “primeiro grupo escolar do município”.
O lançamento do livro, fruto de longa pesquisa feita por Maria Sueli Diniz, também professora da Escola, ocorreu no último dia 28. O evento foi prestigiado por ex-alunos, representantes das antigas famílias de Contagem, educadores e diversas autoridades, incluindo o prefeito Carlin Moura e o secretário de Educação, professor Ramon, público que lotou as instalações da unidade de ensino, localizada na sede da cidade.
Ao parabenizar a autora pela obra, Carlin Moura falou da importância da educação para a projeção econômica do município nos dias atuais. “Se Contagem é hoje a terceira economia do estado e a segunda em geração de empregos é graças à educação, e a escola Sabino Barroso foi o alicerce desse processo. Cada funcionário e cada estudante que passou por aqui e que ainda passa, contribuiu e contribui para elevarmos nossos indicadores sociais”, acrescentou o prefeito.
Concretização de um sonho - Visivelmente emocionada, Maria Sueli Diniz disse que o livro representa a realização de um projeto antigo, cuja ideia teve início há 14 anos. “ Recuperar a memória da Sabino Barroso foi um prazer, não só pela escola fazer parte da minha vida, mas também por ter tido a oportunidade de presentear a comunidade contagense com informações tão preciosas”.
Elaborada com capricho, a obra de Maria Sueli retrata com fidelidade as várias fases das bodas de ouro da escola. Ao folhear o livro, o leitor se depara com registros, fotografias e documentos históricos relacionados ao funcionamento da mais antiga unidade educacional da rede municipal de Contagem, que configuram uma verdadeira “viagem ao passado”. Exemplo disso são fotos de diplomas escolares do início das atividades da unidade, estudantes durante atividade agrícola, em 1948; e desfile de 7 de setembro, em 1951.
Mas contar o centenário de uma escola não é apenas reunir documentos. É também reviver momentos da vida de estudantes, mestres e funcionários, personagens de cada um dos capítulos da história desse renomado espaço de aprendizado.
Personagens - Inês Mônica Rocha Macedo, 77 anos, que trabalhou na escola no período de 1957 a 1987, foi uma dessas personagens que fez questão de prestigiar o lançamento do livro. “O Sabino representa os melhores 30 anos da minha vida, onde trabalhei, fiz grandes amizades e ganhei maturidade”, relata com orgulho a professora aposentada, que também atuou na secretaria e na direção da escola.
Quando se fala em Sabino Barroso, passa um filme de doçura na cabeça de Eliana Diniz, 67 anos. “A imagem que carrego das minhas primeiras professoras do Sabino é de carinho e abnegação. Como era muito doente, elas sempre tinham atenção redobrada comigo. Quando chovia e eu estava no pátio, elas corriam, me pegavam no colo e evitavam que eu tomasse chuva. Quando tive caxumba, minha professora Celina Belém foi me aplicar prova em casa e acabou também pegando caxumba”, relata lisonjeada a antiga aluna cujo pai, Ariovaldo, também estudou na escola, na primeira turma, em 1914.
Nascido e criado em Contagem, Júlio Diniz, 80 anos, também destacou a importância da escola em sua formação.” A Sabino era a extensão do meu lar. Aqui, além do carinho semelhante ao recebido pelos meus pais, também tive acesso às minhas primeiras letras, base de tudo na minha vida”. Ele fala ainda da trajetória brilhante dos filhos, que também estudaram no Sabino. “Meus dois filhos se tornaram médicos: Adriano é dermatologista e mora em João Monlevade e Patrícia é endocrinologista, em São Paulo”.

O senso de pertencimento parece ser mesmo uma marca na Sabino Barroso, que perdura na atual gestão da escola.Com brilho nos olhos, a pedagoga na unidade desde 2006, Cássia Alves Matoso, fala dessa relação de amor. “Temos orgulhoso de dizer que aqui é mais do que uma escola, somos uma grande família. Todo o coletivo é especial e participa de forma efetiva nas decisões da escola”.

3 comentários:

  1. minha primeira escola tenho orgulho de ter passado meus primeiros anos nela

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  2. Ansiosa e muito feliz por ter conseguido uma vaga para meu filho nesta escola

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  3. Minha mãe, ENÓI PEREIRA MINAFRA, foi professora no Sabino Barroso, durante muitos anos. Aposentou-se em 1963, tendo no dia da aposentadoria, recebido uma grande festa, com muita emoção e muito choro!!!
    Orgulho de ser filho dessa professora, e de ter ido, regularmente com ela, ao Grupo, vê-la em sala de aula.
    Uma das amigas especiais de minha mãe foi a Diretora da época: Dona Hortênsia Gatti Queiroga. Quem tocava o sino para a merenda e para a volta às aulas era um Sr. chamado Sr. Célio. E havia, também, a Dona Albérica, acho que era a Supervisora Pedagógica!!
    Gostaria de saber como faço para comprar o livro e se, alguém ler esse meu comentário emocionado, que me faça contato!
    Um abraço
    Marco Aurélio Minafra

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