sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Novos conhecimentos aprimoram atendimento a estudantes autistas em escolas da prefeitura


A Secretaria de Educação de Contagem (Seduc), dentro da política de inclusão, promoveu mais um momento de formação para profissionais que atuam com estudantes com deficiência. Dessa vez, o foco foi o autismo, tema explorado durante palestra ministrada pela professora e doutora da Universidade de Huelva, de Portugal, Nora Cavaco, para cerca de 70 pessoas, na sede administrativa da Funec, no último dia 25.

Além de dirigentes, professoras e pedagogas, mães de educandos autistas também tiveram oportunidade de adquirir novos conhecimentos para aprimorar o relacionamento com pessoas que apresentam esse Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Atualmente, a rede de escolas da prefeitura de Contagem atende cerca de cem estudantes com autismo.

Durante a palestra, a especialista portuguesa compartilhou experiências de convivência com autistas; explicou os diagnósticos e a dificuldade de relatar a síndrome. “O autismo não é uma doença, como alguns pensam, por isso não há cura, e sim tratamento. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, melhor é para qualidade de vida da criança e dos familiares”, explicou Nora Cavaco.

Família - Como a finalidade da formação é aprimorar continuamente a relação entre o educador e a criança autista na escola, a psicopedagoga e psicanalista, Ângela Matilde Soares, falou da importância da parceria com familiares. “O que é desenvolvido com estudante em sala de aula deve ser levado ao conhecimento dos pais, pois do contrário, poderá ser desconstruído em casa”.

Após o término da palestra, os participantes se mostraram satisfeitos pelo que viram, ouviram e aprenderam. A professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Escola Municipal Professor Wancleber Pacheco, Estela Martins Pereira, aprovou a forma adotada pela palestrante para explorar o assunto. “Nora citou o aspecto de autismo de modo geral, e não apenas o autismo clássico. Com isso, mostrou uma estratégia de trabalho. Abriu também um novo olhar para a diversidade, mostrando que há peculiaridades em cada caso”.

Mãe do estudante do Anexo Mariângela Bonfim Frederico, no bairro Monte Castelo, João Pedro, 6 anos, Josiane Correa aprovou a iniciativa da Seduc de promover uma formação específica sobre autismo para que os educadores possam ter mais facilidade caso entre seus estudantes. De acordo com ela, por falta de conhecimento, médicos demoraram quatro anos para chegar ao diagnóstico de autismo do filho. “Estou vendo o lado do educador. Pude, também, expor a minha opinião sobre o que ocorre. Meu filho tem que saber conviver com as outras pessoas, e não os outros têm que se adaptar a ele”, disse.



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