A Secretaria de Educação de Contagem (Seduc), dentro da política de inclusão, promoveu mais um momento de formação para profissionais que atuam com estudantes com deficiência. Dessa vez, o foco foi o autismo, tema explorado durante palestra ministrada pela professora e doutora da Universidade de Huelva, de Portugal, Nora Cavaco, para cerca de 70 pessoas, na sede administrativa da Funec, no último dia 25.
Além
de dirigentes, professoras e pedagogas, mães de educandos autistas
também tiveram oportunidade de adquirir novos conhecimentos para
aprimorar o relacionamento com pessoas que apresentam esse Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento. Atualmente, a rede de escolas da
prefeitura de Contagem atende cerca de cem estudantes com autismo.
Durante
a palestra, a especialista portuguesa compartilhou experiências de
convivência com autistas; explicou os diagnósticos e a dificuldade
de relatar a síndrome. “O autismo não é uma doença, como alguns
pensam, por isso não há cura, e sim tratamento. Quanto mais cedo
ocorrer o diagnóstico, melhor é para qualidade de vida da criança
e dos familiares”, explicou Nora Cavaco.
Família
- Como a finalidade da formação é
aprimorar continuamente a relação entre o educador e a criança
autista na escola, a psicopedagoga e psicanalista,
Ângela Matilde Soares, falou da
importância da parceria com familiares. “O que é desenvolvido com
estudante em sala de aula deve ser levado ao conhecimento dos pais,
pois do contrário, poderá ser desconstruído em casa”.
Após
o término da palestra,
os participantes se mostraram satisfeitos pelo que viram, ouviram e
aprenderam. A professora de Atendimento
Educacional Especializado (AEE)
da Escola Municipal Professor Wancleber Pacheco, Estela
Martins Pereira, aprovou a forma adotada pela palestrante para
explorar o assunto. “Nora citou o aspecto de autismo de modo geral,
e não apenas o autismo clássico. Com isso, mostrou uma estratégia
de trabalho. Abriu também um novo olhar para a diversidade,
mostrando que há peculiaridades em cada caso”.
Mãe
do estudante do Anexo Mariângela Bonfim Frederico, no bairro Monte
Castelo, João Pedro, 6 anos, Josiane Correa aprovou a iniciativa da
Seduc de promover uma formação específica sobre autismo para que
os educadores possam ter mais facilidade caso entre
seus estudantes. De acordo com ela, por falta de conhecimento,
médicos demoraram quatro anos para chegar ao diagnóstico de autismo
do filho. “Estou vendo o lado do
educador. Pude, também, expor a minha opinião sobre o que ocorre.
Meu filho tem que saber conviver com as outras pessoas, e não os
outros têm que se adaptar a ele”, disse.
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