quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Seminário Pnaic leva professores a refletir sobre educação inclusiva


A partir da proposta de uma educação de qualidade, Contagem trabalha para assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 1º ciclo. Nessa perspectiva, quase 500 professores de mais de 60 escolas da prefeitura já aderiram ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), beneficiando aproximadamente 6 mil estudantes do ciclo de alfabetização.
Os professores alfabetizadores recebem formação específica em alfabetização e matemática desde 2013. Participam de curso presencial de dois anos, com carga horária de 120 horas por ano, baseado no Pnaic, cuja metodologia propõe estudos e atividades práticas. Os encontros são conduzidos por orientadores de estudo, também educadores da rede municipal de ensino de Contagem, que por sua vez, passam por curso específico ministrado pela UFMG.
No último dia 23/08, os profissionais alfabetizadores se reuniram para tratar dos “Desafios da Educação Inclusiva”, em um seminário promovido pela Secretaria de Educação (Seduc), no centro de eventos Multispace, no Bairro Jardim Riacho. A palestra foi conduzida pela Professora doutora da Faculdade de Educação da UFMG, Valéria Resende, que destacou em sua palestra o desafio da “educação inclusiva”: A diferença como condição para o trabalho pedagógico.
Superação - A apresentação teatral com a Trupe Alegria em Movimento, da Fundação de Atendimento Especializado de Nova Lima (Faenol) também levou os professores a refletirem sobre as possibilidades de uma sociedade mais inclusiva. Coordenado pelo escritor e contador de histórias, Gustavo Gaivota, o grupo mostrou que todos são capazes, dentro de suas limitações físicas e cognitivas. Com performances variadas, cada um a seu modo, exibiu talento e emocionou o público, arrancando aplausos e risadas da plateia.
Êxito - O objetivo do Pnaic é formar educadores críticos, que proponham soluções criativas para os problemas enfrentados pelas crianças em processo de alfabetização. Formação que é aprovada por quem milita na área, a exemplo de Violeta Norberto Lagares, 49 anos e 27 na rede da prefeitura de Contagem. Professora na Escola Municipal Randolfo José da Rocha, no bairro Eldorado, ela elogia as atividades teóricas e práticas aliadas ao curso do Pnaic. “Apesar da longa vivência de sala de aula, a formação é bastante enriquecedora”.
A colega de profissão, Tânia Torquetti, 52, que atua na regência da Escola Municipal Professor Wancleber Pacheco, no bairro Tijuca, também está encantada com a metodologia do Pnaic. “Na minha opinião, essa formação deveria ser estendida também para professores que trabalham com o 2º ciclo, pois nos faz refletir o tempo todo sobre as práticas pedagógicas. Eu mesma, estou adaptando muitos conceitos aprendidos no Pnaic com estudantes de 5º ano, em uma escola estadual, onde também dou aulas”, enfatizou a educadora efetiva na rede municipal de ensino há cinco anos.





Nenhum comentário:

Postar um comentário