Diante da recente exigência do Ministério da
Educação para que os municípios estendam o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) à educação infantil, Contagem,
mais uma vez, comprova pioneirismo na inclusão. Funciona na cidade
desde o início do ano, o AEE Móvel, serviço disponibilizado pela
prefeitura para apoiar e dar suporte às crianças com deficiência
atendidas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis).
Ao todo, já são 89 crianças de 16 unidades
beneficiadas pela iniciativa. “Mais uma vez, Contagem saiu na
frente . Até 2016, nossa meta é que o AEE Móvel atenda cem por
cento dos Cemeis (37 unidades), que juntos têm matriculados 169
estudantes com deficiência”, ressalta o secretário de Educação,
professor Ramon.
De acordo com o secretário, o trabalho é
desenvolvido por quatro professoraes de AEE, selecionadas
especificamente para atuar não só com as crianças, como também
com as famílias e as escolas que atendem educandos de zero a 4 anos.
“ Essas profissionais visitam as unidades, semanalmente, de acordo
com agenda programada pela diretoria de Inclusão da Seduc”.
Mãe do estudante Pedro, de quase 5 anos, atendido
no Cemei Campo Alto, na Regional Petrolândia, Kárita de Oliveira
Souza Barros, representa uma das famílias que aprova o AEE Móvel, e
acompanha com satisfação os avanços do filho. “ Percebo que
ele desenvolveu demais em aspectos importantes para um autista, como
por exemplo na comunicação pelo olhar, na compreensão de comandos
e, até mesmo, no comportamento. Ele está mais sociável”.
O filho de Kárita, que também nasceu com baixa
visão, foi contemplado pela prefeitura, no início deste ano, com um
kit específico para facilitar o seu dia a dia nas atividades
escolares, outra iniciativa de ensino inclusivo elogiado pela mãe,
que também é educadora.
Para a dirigente do Cemei Icaivera, Ana Carla
Carvalho de Souza, a assessoria de profissionais de AEE aponta
caminhos para que as escolas possam acolher melhor as crianças com
deficiência. “Na nossa unidade, por exemplo, temos crianças com
deficiências variadas como paralisia cerebral, autismo,
hidrocefalia, que exigem intervençôes diferenciadas”, diz a
dirigente.
A proposta Curricular da Educação Infantil no
país tem como pilares o educar, cuidar e o brincar, cuja ideia
principal é garantir experiências que promovam o relacionamento e
a interação das crianças.Nesse aspecto, explica a diretora de
Inclusão da Seduc, Sebastiana Rangel, o AEE busca remover as
barreiras que impedem a plena participação da criança no ambiente
escolar, identifica suas necessidades especificas e, junto com a
escola e família, constroi estratégias para o seu
desenvolvimento.
Políticas de Inclusão
Contagem atende atualmente , além de 169
crianças com deficiência matriculadas na Educação Infantil,
outros 1.134 estudantes com deficiência no Ensino Fundamental na
Rede Municipal de Ensino.
A série de ações para aprimorar a educação
inclusiva nas unidades da rede, envolve o trabalho de um quadro de
profissionais capacitados, em frequente formação continuada.
Além dos 60 cuidadores, que auxiliam estudantes com limitações físicas mais graves nas atividades de vida diária, 500 estagiários e 47 instrutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) atuam para dar suporte pedagógico aos educadores no trabalho com esses educandos.
A Política de Inclusão dos Estudantes com
Deficiência na rede de Contagem inclui também o funcionamento de 24
Salas de Recursos Multifuncionais, espaço dotado de material de
tecnologia assistida, para atender as mais variadas especificidades
da deficiência. Cada sala possibilita o atendimento de,
aproximadamente, 25 estudantes.
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