sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Alunos são beneficiados com óculos de grau

Ação faz parte do Ação do Programa Saúde na Escola (PSE) 

A Prefeitura de Contagem, após realizar prévia triagem oftalmológica em mais de 18 mil estudantes e encaminhar 3 mil deles para rigorosos exames complementares, beneficiará 313 com óculos de grau, até o final deste mês. A doação dos equipamentos ocorre por meio do Projeto Olhar Brasil, ação do Programa Saúde na Escola (PSE), iniciativa do governo federal realizada em parceria com o município.
A proposta do projeto é atuar na identificação e correção de problemas de visão em alunos matriculados na rede pública. Por isso, de acordo com as secretarias de Educação e de Saúde de Contagem, responsáveis pela gestão do PSE no município, "essa é apenas a primeira turma a receber os óculos". Educandos de outras 52 unidades da rede passarão por avaliação oftalmológica ao longo de 2015. Aqueles identificados com problemas de vista e que se encontrarem sem óculos também serão contemplados com armações e lentes.
Após a triagem prévia feita dentro das escolas, os educandos com alguma dificuldade de enxergar se submetem a exames específicos como refração, avaliação de fundo de olho e medida da pressão intra-ocular (tonometria). "Na primeira etapa, a principal alteração visual constatada foi a ametropia (necessidade de óculos), seguida de outras doenças como ceratocone, glaucoma, conjuntivite alérgica e viral e maculopatias". A informação é do oftalmologista José Augusto Pádua Salas, proprietário da clínica vencedora da licitação para realizar os procedimentos exigidos pelo Projeto entre os estudantes da rede municipal de ensino.
Compromisso
O secretário de Educação, professor Ramon, ao falar da importância da iniciativa, lembra que o problema de visão pode comprometer e muito a aprendizagem, principalmente na fase de alfabetização, quando as crianças, na maioria das vezes, não sabem expressar suas dificuldades. "O estudante que não enxerga direito normalmente é disperso e mostra pouco interesse nas aulas. Isso, certamente, impacta de forma severa o rendimento escolar".
Ramon lembra ainda que, dentro da proposta de desenvolvimento social, a ampliação e aprimoramento do PSE é umas das prioridades do atual governo. Prova disso, segundo ele, é que em apenas um ano e meio, foram ampliadas de 28 para 65, as unidades de ensino atendidas pelo programa.
Óculos gratuitos - Os óculos estão sendo confeccionados pela Olho Universal, ótica vencedora da licitação, com sede em Belo Horizonte. Nesta semana, técnicos da empresa encerram visitas às 13 escolas, para definirem tamanho e formato de armação mais adequados ao rosto de cada aluno beneficiado.
A estudante da E.M José Ovídio Guerra, no Eldorado, Rebeca Kiffer Veiga de Soares, 12 anos, está entre as crianças e jovens que aguardam pela entrega dos óculos. Com 3,25 graus de miopia no olho direito e 1,25 graus de astigmatismo, no esquerdo, ela se queixa de frequentes dores de cabeça e embaçamento da visão por falta dos óculos. "Tenho que usar óculos constantemente, mas há alguns meses eles quebraram e minha mãe não pode comprar outros. Uso óculos desde os três anos de idade. Quando pequena, cheguei a usar tampão", relata a adolescente.
A diretora da Escola Municipal Sandra Rocha, no bairro Parque São João, Maria Sueli Alves Pereira, reconhece que a doação de óculos pode contribuir para qualificar a aprendizagem de vários educandos. "Alguns alunos se queixam frequentemente de ardência nos olhos. Outros só enxergam a matéria do quadro quando estão nas primeiras carteiras da sala de aula", enfatiza a dirigente.
Outras ações
O Programa Saúde na Escola contribui para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde. Além de exames oftalmológicos, o PSE confere, periodicamente, peso e estatura dos estudantes para avaliar como se encontram as carências e necessidades nutricionais das crianças e adolescentes.
O PSE atua ainda na prevenção de doenças e agravos à saúde. Nesse sentido, ocorrem palestras para conscientizar os estudantes sobre formas de evitar as Doenças Sexualmente Transmissíveis e sobre os malefícios do tabaco e outras drogas.

Luiz Henrique Grossi

 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

BOLETIM ELETRÔNICO 38


Seduc encerra formação do Programa de Intervenção Pedagógica

A Secretaria de Educação, por meio do Núcleo de Alfabetização e Letramento, encerrou nesta semana, entre os dias 11 e 13, no auditório da E.M. Pedro Pacheco de Souza, a formação do Programa de Intervenção Pedagógica (PIP). Constituída de quatro encontros, totalizando 16 horas de duração, a capacitação teve início em agosto e contemplou cerca de 200 professores e pedagogos que atuam na rede municipal de ensino.

Ao longo de toda a formação, os educadores debateram sobre Consciência fonológica; jogos e atividades digitais na apropriação do sistema de escrita alfabética; leitura e compreensão de textos na alfabetização; aprendizagem e ensino: a sistematização do processo de alfabetização no 1ºCiclo e Produção de Textos e Sequência Didática.

A diretora de Educação Básica, Mônica Silva, explica que
as ações do PIP consistem no planejamento, acompanhamento e monitoramento da prática pedagógica. Esse acompanhamento, segundo ela, é feito nos diferentes estágios de aprendizagem e desempenho, detectados nas avaliações externas e internas.

Professora da rede e da E.M. Ápio Cardoso, em Nova Contagem, há 15 anos, Shirlei Cristian Torres, foi uma das participantes da formação. Para ela, esse tipo de evento é importante principalmente como oportunidade para troca de experiências. ´”Muitas vezes, a gente está tão envolvida no dia-a-dia da sala de aula, que desconhece até mesmo a prática de um colega que trabalha na mesma escola. Encontros como este são enriquecedores também por causa dessa aproximação com outros profissionais”.

A professora Marinete Carneiro Alves, que atualmente ocupa o cargo de vice-diretora da E.M. Júlia Kubitschek de Oliveira, no bairro Industrial, também aprovou a capacitação. Para ela, as formações sempre despertam o educador para mudanças que contribuem para elevar a qualidade na educação.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Estudantes de Contagem conquistam prêmio na UFMG Jovem




Exibindo DSC04032.JPGProfessora regente da turma premiada, Sílvia Cristina Ferreira conta que o estudo sobre plantas e tipos de solo começou em fevereiro, no início do ano letivo. Após participar de palestras, rodas de conversa, assistir a vídeos e realizar plantio de mudas, seguido de observação em casa e na escola, a turma optou em direcionar o estudo para plantas “popularmente conhecidas como remédios”.

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Trinta estudantes de 9 a 10 anos da Escola Municipal Hilton Rocha, no bairro São Luis, em Contagem, conquistaram o 2º lugar na Feira de Ciências UFMG Jovem, com o projeto “Conhecendo e trabalhando a importância das Plantas Medicinais”. A mostra, que promove intercâmbio da produção científica e cultural de escolas mineiras, reuniu mais de 50 trabalhos técnico-científicos da educação básica, no final de outubro.



A escolha não foi aleatória. Os meninos ficaram interessadíssimos ao saberem que algumas plantas têm efeitos medicinais”, diz a professora. Das 22 espécies levantadas na pesquisa, os alunos escolheram, por meio de votação, aprofundar o estudo sobre seis plantas: arruda, amora, bálsamo, quebra-pedra, cana de macaco e hortelã comum.

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O aprofundamento incluiu construção de portfólio, aplicação de questionários na comunidadade para levantar opinião e conhecimento sobre plantas medicinais, além de confecção de herbário, catalogado com o nome popular e científico de cada planta.

Achei muito interessante saber que muitas vezes a gente pode substituir um comprimido por um chá, o que é muito mais saudável”, relatou a estudante Débora Natiele Machado dos Santos, 10 anos. Das plantas estudadas, a arruda foi a que mais lhe chamou atenção por causa da indicação para tratamento de conjuntivite.

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O colega Ryan Fernandes Henriques, de 10 anos, também se encantou com o estudo sobre as ervas medicinais. “ Nunca tinha ouvido falar em cana de macaco e muito menos quebra-pedra”, destacou o estudante morador do bairro Sapucaias, que sonha em ser cientista.

O projeto “Conhecendo e trabalhando a importância das Plantas Medicinais” envolveu toda a comunidade escolar durante mais de seis meses.
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Soletrando é sucesso entre os estudantes da Escola Paulo Cézar Cunha


Exibindo DSC00866.JPG    Para a diretora da Escola, Ana Paula, “é muito importante que esses eventos ocorram na escola, porque além de ajudar no desenvolvimento do aprendizado, promove a interação entre os estudantes”. O projeto é idealizado pelo professor de arte, Joaquim Pires dos Reis. Desde o início do ano, o educador trabalha com os estudantes o significado e pronuncia das palavras. 
Exibindo DSC00853.JPGPelo terceiro ano consecutivo, a Escola Municipal Paulo Cézar Cunha realizou o Projeto Soletrando. Nos dias 5 e 6 de novembro, 180 estudantes, do 6º ao 9º ano, participaram do evento na quadra da escola. Bruno Henrique Evangelista de Lima, do 8º ano, foi o grande campeão desta edição, ganhando um jogo de tabuleiro e livros, além caixa de bombom, certificado e medalha, prêmios que o segundo colocado e o terceiro também ganharam. Douglas Souza Gomes, do 8º Ano, ficou na segunda colocação, e também ganhou livros. E quem levou com a medalha de bronze foi Samuel André de Abreu, do 7º ano. 

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Alunos e Escola de Contagem recebem prêmio de Meio Ambiente

Atividades desenvolvidas nas escolas contribuem com a conscientização dos estudantes

 
A qualidade da educação de Contagem se destaca e recebe reconhecimento mais uma vez. Dois estudantes e uma escola da Rede Municipal de Ensino conquistaram o 1º lugar no Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente de 2014, que, este ano, teve como tema a agricultura familiar. Ana Rute Pereira da Silva, 10 anos, aluna da Escola Municipal Walter Lopes, bairro Alvorada, ganhou na categoria desenho do 1º e 2º Anos; e Iago Braumer, 13 anos, da Escola Municipal José Ovídio Guerra, bairro Eldorado, ficou com o prêmio na categoria redação, do 6º e 7º Anos. A Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca, por sua vez, foi a campeã da categoria Projeto Escola. A cerimônia de homenagem aos vencedores reuniu mais de cem pessoas, entre elas educandos, familiares e educadores no auditório da Belgo Bekaert Arames, na Cidade Industrial, no dia 31/10.
A vencedora Ana Rute Pereira da Silva acredita que o estudo sobre a importância da preservação do meio ambiente deve começar cedo na vida das crianças. "Para fazer esse desenho do concurso, me inspirei em um trabalho de campo que minha turma e eu fizemos pela escola, no ano passado. Era sobre plantas medicinais, e existia uma horta em forma de ser humano. Foi daí que peguei a ideia", disse a menina, acrescentando que começou a gostar de desenhar aos sete anos, por influência da irmã.
Orgulhosa pela conquista da filha, a mãe Sueli Pereira da Silva (39), agradeceu o incentivo. "Fico feliz pela vitória da minha filha e também grata pela escola, que conta com profissionais muito comprometidos e dedicados". A mãe, que também é professora e pedagoga, lembrou que escola e família são de suma importância no apoio ao desenvolvimento das habilidades dos estudantes.
Iago Braumer, que venceu na categoria redação, disse que sempre gostou de escrever e dedicou a conquista àqueles que o apoiaram. "Ganhar esse prêmio significa muito para mim, pois a escrita é uma paixão na minha vida. Dedico essa vitória a todos da escola pela força recebida".
Diretora da Escola Municipal José Ovídio Guerra, Ialakelly de Souza, falou da importância do incentivo à participação em concursos, sejam eles internos ou externos à escola, como o Prêmio Belgo. "Na nossa escola, temos a cultura de participar de todos os eventos que tenham premiações, para mostrar aos estudantes que para vencer é preciso batalhar, se dedicar e correr atrás".
Trabalho coletivo
O Prêmio, além de estimular a competição individual, também busca sensibilizar o trabalho em equipe, por meio do Projeto Escola, que deve ter uma iniciativa coletiva, idealizada e elaborada, por um grupo específico de alunos e/ou professores, podendo envolver a sala de aula, a escola, o bairro ou a comunidade como um todo.
A Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca faturou o primeiro lugar nessa categoria, conquistando o prêmio de R$ 3,5 mil, com o projeto "Mãos que semeiam: saúde, sabor e arte", iniciativa que envolveu 450 estudantes do ensino fundamental, professores, voluntários e pais. Além da produção de horta e de plantio de plantas medicinais, em locais alternativos; o projeto inclui o trabalho de compostagem; realização de oficinas de gastronomia, paródia e teatro.
A professora de Ciências e coordenadora do projeto na escola Vasco Pinto, Mara Moreira, disse estar orgulhosa pelo resultado conquistado por todo o grupo. "É sempre bom ganhar um prêmio. Saber que os protagonistas são os estudantes, é melhor ainda. Quando foram informados que o prêmio seria para a escola, e com isso poderia ter benefícios para a Vasco Pinto, ficaram todos ainda mais empolgados para ajudar", disse a professora.
Prêmio
O Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente, que já se encontra na 23ª edição, visa estimular os alunos a desenvolverem uma visão mais ampla da questão ambiental. É desenvolvido com a participação das escolas municipais e estudantes do 1º ao 9º Ano, espalhadas pelo Brasil que tenham, em sua região, unidades da empresa. Ao longo do ano letivo, os alunos realizam atividades, a partir do tema definido para a edição anual, e incorporam à reflexão aspectos relacionados à cidadania e à ética. Em Contagem e em Ibirité, o concurso é organizado pela empresa Belgo Bekaert Arames. Neste ano, o prêmio contou com a participação de 43 escolas municipais de Contagem e 16 de Ibirité.





BOLETIM ELETRÔNICO 36


Gestores debatem avaliação da aprendizagem nas escolas

Encontro abriu a série de reflexões sobre métodos avaliativos da aprendizagem



A avaliação da aprendizagem foi tema do encontro que reuniu mais de 100 dirigentes e pedagogos da Rede Municipal de Ensino, dia 31/10, sexta-feira, no auditório da PUC Contagem. Promovido pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), a formação foi conduzida pelo professor e consultor Rudá Ricci.
Representante da Seduc, a gestora de Políticas Educacionais, Gleice Emerick, destacou que o encontro representava o início de uma série de reflexões sobre os métodos de avaliação, que subsidiará o desenvolvimento do trabalho nas escolas municipais. A proposta, segundo ela, "inclui também a construção de um mapa sobre a situação das unidades, evidenciando os projetos pedagógicos e o fluxo de avaliações".
Para o palestrante, Rudá Ricci, a adoção apenas da avaliação classificatória, ou seja, a da nota, que estabelece ranking de desempenho entre os estudantes é uma prática perversa das escolas. "Quando avalio meu aluno somente com prova, deixo de ser justo na avaliação e há um empobrecimento da minha carreira, enquanto educador".
A concepção de ciclo de formação humana, de acordo com Rudá, exige a adoção da avaliação formativa, aquela que acompanha o desenvolvimento de cada educando, com suas peculiaridades, facilidades e dificuldades específicas. "No momento em que trabalhamos para estimular no aluno o desenvolvimento da capacidade de interpretação, autonomia e criticidade, massificar e padronizar a avaliação é ir na contramão do papel de educador".
Diretora da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro Industrial, há três mandatos, Tereza Cristina de Oliveira, aprovou o encontro para se discutir os métodos de avaliação. "Achei muito produtiva a formação. Ficou claro que é possível adotar algumas diretrizes para melhoria dos métodos avaliativos", enfatizou a dirigente, lembrando que o processo deve ser dinâmico, com planejamento, intervenções e aferição dos resultados.
Servidora na rede há 27 anos, a pedagoga e professora na Escola Municipal Vereador José Ferreira de Aguiar, no bairro Icaivera, Neide Santos, acredita que a melhoria na avaliação exige maior discussão nas unidades de ensino. "Temos pouco tempo para conversar com os profissionais, precisamos trocar mais informações sobre os estudantes."
Para o colega de profissão, pedagogo, nos turnos da manhã e tarde, na Escola Municipal Giovanini Chiodi, em Nova Contagem, Vinícius Alves de São José, também acredita que maior tempo de discussão entre o grupo pedagógico da unidade pode aprimorar a avaliação.
Durante o evento, os participantes debateram sobre os mais diversos instrumentos de avaliação tais como provas objetivas, provas abertas, observação e registro, além da autoavaliação (portfólio).