quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

BOLETIM ELETRÔNICO 82


Contagem adota avaliação para candidatos a direção de escolas

Decisão inédita pretende comprovar conhecimentos específicos dos candidatos antes da eleição

Alessandra Soares
Contagem dá mais um passo na busca pelo aprimoramento e democratização da educação pública municipal. Em decisão inédita, candidatos a cargo de direção nas escolas da prefeitura agora devem comprovar conhecimentos específicos antes da disputa eleitoral. Na manhã do último sábado (21/11), quase 200 educadores que pretendem concorrer às eleições deste ano submeteram-se à Avaliação Diagnóstica, implementada pela Secretaria de Educação (Seduc). As provas foram aplicadas na Escola Municipal Pedro Pacheco de Souza, no bairro Santa Cruz.
O resultado final da avaliação será divulgado no Diário Oficial de Contagem (DOC) do dia 30/11. Os candidatos classificados na Avaliação Diagnóstica estarão aptos para a disputa eleitoral nas escolas, prevista para os dias 12 e 19 dezembro, em primeiro e segundo turno, respectivamente.
O secretário de Educação, professor Ramon, lembrou que o dirigente escolar é um profissional da gestão pública, o que justifica o aprofundamento do controle da sociedade. "A comunidade votará naqueles que demonstrarem conhecimentos técnico, pedagógico e político para o cargo e, ainda, apresentarem um plano de gestão que atenda as reais necessidades da comunidade e do seu entorno".
Ramon acrescentou que a direção exige uma série de competências sôbre a gestão de recursos, avaliação pedagógica e de desempenho, orientação de funcionários, além de conhecimento da legislação vigente no país e cumprimento de metas educacionais da unidade onde atua.
A Avaliação Diagnóstica foi elaborada a partir das principais temáticas pertinentes "ao fazer pedagógico" explicou Tereza Cristina de Oliveira, titular da Diretoria de Formação Continuada da Seduc - setor responsável pela elaboração das provas e coordenação de todo o processo, mediante apoio técnico especializado. "A avaliação vai nortear a Seduc para construção de um projeto de formação específico para aprimorar, ainda mais, o trabalho dos diretores nas unidades da rede municipal e Funec, a partir de 2016", completou. Constituída de 45 questões, a avaliação foi dividida em três blocos: Normas e Legislação, Formação/Gestão Estratégica da Educação, Conhecimentos Políticos e Pedagógicos.
Educadora há 33 anos, a atual diretora da Escola Municipal Ricardo Braz Gomes Barreto, no bairro Perobas, Soraya Ferreira, aprovou a iniciativa da Seduc na adoção da avaliação. "Com essa característica de ser diagnóstica considero válida a iniciativa. É muito importante que a secretaria conheça as defasagens para que possa intervir e contribuir na busca da melhoria da atuação dos dirigentes", concluiu a diretora, que mesmo não tendo decidido se vai disputar a reeleição, fez a prova no último sábado.
O vice-diretor na Escola Municipal Prefeito Luiz da Cunha, na Sede, Rogério Marques de Campos, que também se submeteu à avaliação, considerou positiva a exigência da Seduc pela certificação. "É uma oportunidade para ampliar nossos conhecimentos, o que certamente vai nos ajudar no dia a dia. O cargo de direção exige tato e manejo, principalmente, porque lidamos o tempo todo com pessoas", ressaltou o educador com formação em Educação Física e concursado na rede há 14 anos.
Embora inédito em Contagem, o processo de avaliação de postulantes a cargos de direção já é realizado em outras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de Minas Gerais e de outros estados, além do Distrito Federal.

Prefeitura oferta curso de Português para haitianos

Cerca de 25 pessoas vão participar do curso, ofertado pela Seduc

Ricardo Lima
Em meio a sonhos de conquista de bons empregos e de dar sequência aos estudos, 25 haitianos que vivem na Região do Petrolândia iniciaram curso de Português como Língua Estrangeira (PLE), ofertado, gratuitamente, pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Educação (Seduc) em parceria com o Instituto Cultiva.
O objetivo do município é propiciar aos imigrantes o desenvolvimento das habilidades de ler, escrever, falar e ouvir o idioma brasileiro. A aula inaugural, com a entrega de kits escolares a todos os alunos, ocorreu na terça-feira (17/11), na Escola Municipal Isabel Nascimento de Mattos. O curso terá duração de cinco meses, com encontros semanais às terças e quintas, das 19h às 21h.
O coordenador do Departamento de Educação em Ações Afirmativas (Decadi) da Seduc, João Alves, ao dar as boas-vindas aos estudantes haitianos, disse que "Contagem se orgulha de recebê-los e de contribuir para que rompam com as dificuldades decorrentes do idioma. Ainda nesta semana, terá início curso para outra turma de haitianos, na região da Ressaca". Também informou que os alunos estrangeiros receberão, ao final do curso, certificado, expedido pela Seduc, "documento importante para conseguir emprego".
Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Simone Garófalo, explicou que o curso tem uma abordagem comunicativa intercultural, uma vez que não se pode dissociar a língua da cultura. Por isso, ao trabalhar expressões, sempre é possível enriquecer o aprendizado com informações sobre aspectos culturais.
" O contexto de imersão, ou seja, o fato de os haitianos já estarem morando aqui, onde a população fala Português, é um facilitador para o aprendizado", acrescentou a professora, cuja didática agradou os haitianos, no primeiro dia de aula. De maneira descontraída e interativa, eles aprenderam detalhes sobre cumprimentos, pronomes de e a soletrar expressões e nomes.
Nelson Charles, 27, que trabalha como operador e montador numa empresa em Betim, sonha com a possibilidade de elevar a renda e de trazer para o Brasil a mulher e três filhos deixados no Haiti, há um ano e oito meses. Para isso, planeja profissionalizar-se em outra área, o que exige o aprofundamento acerca da língua portuguesa. "Pretendo fazer o curso de mecânica industrial, ouvi dizer que é uma boa profissão", diz Charles, que deixou a sala de aula já motivado para o segundo encontro.
Marie-Carme Jean François, 32, também aposta no aprimoramento do idioma para melhorar as condições de vida no país que a acolheu. "Estou desempregada, acredito que se eu dominar melhor o Português terei mais oportunidades de trabalho", declarou François que há um ano e cinco meses, divide com dois primos conterrâneos aluguel de moradia no Petrolândia.
O estudante Emile Dunan,49, era um dos poucos que não falava quase nada do idioma brasileiro, durante o primeiro dia de aula. "O português é muito difícil, mas com estas aulas espero poder me comunicar melhor", revelou, com a ajuda de um conterrâneo, já em fase mais avançada de domínio da língua.
"Escola sem Fronteiras"
O curso de Português como Língua Estrangeira (PLE), ofertado pela Prefeitura de Contagem, é mais uma ação do "Escola sem Fronteiras", projeto lançado pela Secretaria de Educação (Seduc) para integrar estudantes estrangeiros às escolas, bem como para possibilitar que famílias imigrantes acessem serviços públicos de saúde, trabalho e de assistência social disponibilizados pelo município.
Para facilitar a vida de estudantes haitianos e seus familiares que vivem em Contagem, a Secretaria de Educação tem buscado também criar ações e materiais pedagógicos que dialogam entre as culturas brasileira e haitiana. Além de sensibilizar educadores para recepcionar os imigrantes, bilhetes enviados aos pais haitianos são traduzidos para o crioulo, dialeto falado por quase toda população do Haiti. A tradução dos bilhetes é feita por um pedagogo haitiano, contratado pela prefeitura para aprimorar a integração com os novos moradores contagenses, provenientes do país caribenho.

Contagem debate igualdade racial e imigração no mês da Consciência Negra

Evento reuniu mais de 200 pessoas na PUC Contagem

Jhonatan Otero
Dentro das comemorações do Mês da Consciência Negra, a prefeitura promoveu o I Seminário Metropolitano de Igualdade Racial e Imigração do Município de Contagem. Organizado pelas secretarias de Educação e de Direitos Humanos, via Departamento de Educação em Ações Afirmativas (Decadi) e Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial (CPIR). O evento reuniu mais de 200 pessoas, dentre educadores e militantes na causa da diversidade. O seminário ocorreu no auditório da PUC Contagem, na tarde do dia 13/11 e durante todo o dia de sábado (14/11).
Na abertura do encontro, o secretário de Educação, professor Ramon, lembrou que um governo deve ser avaliado não apenas por "obras físicas, como pontes e viadutos", mas também por "suas ações e proposições". No entanto, segundo ele, a construção de uma cidade mais humana e acolhedora independe do poder vigente. "O ser humano é o grande agente das transformações. O governo é apenas uma porta, uma fresta, porque somos nós que fazemos a ação política virar concretude, o que justifica reflexões para celebrar a diversidade ", concluiu.
Representando o secretário estadual de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, o subsecretário Leonardo Nader, falou sobre imigração, temática que ocupou os debates no primeiro dia do encontro. Ele destacou que, embora a história da origem e do desenvolvimento do Brasil esteja ligada à figura de imigrantes, a política migratória ainda se encontra em construção no país.
De acordo com Nader, devido ao número expressivo de estrangeiros que tem chegado ao Brasil, o governo de Minas, criou o Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo (Comitrate). "A proposta do Comitê é atender necessidades específicas dessas pessoas que chegam ao Estado. Imigração também é uma questão de direitos humanos. Por isso, não vamos nos omitir".
Integrante do Grupo de Pesquisa e Extensão de Direitos Sociais e Migração da PUC Minas, coordenado por Durval Fernandes, a professora Maria da Consolação Gomes de Castro, também participou dos debates . Segundo ela, dos mais de 50 mil haitianos que desembarcaram no Brasil, nos últimos cinco anos, cerca de 4 mil vivem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, principalmente, nas cidades de Contagem e Esmeraldas. A escolha pelos dois municípios se deve ao fato de já existir uma comunidade de haitianos na região, além de outras questões relacionadas ao custo de vida, como valor do aluguel e maior oferta de vagas de emprego.
Ações da Educação
O coordenador do Decadi, João Alves de Souza Júnior, informou que a Prefeitura de Contagem está atenta a esta movimentação de estrangeiros no município e para a necessidade de construção de políticas públicas voltadas para imigrantes . "O "Escola sem Fronteiras", projeto recém-lançado pela Secretaria de Educação (Seduc) atua para integrar estudantes nas escolas, bem como para possibilitar que famílias imigrantes acessem serviços públicos de saúde, trabalho e de assistência social disponibilizados pelo município".
Nesta terça-feira (17/11), a Seduc inicia o curso de Português como Língua Estrangeira, destinado aos imigrantes haitianos. Inicialmente, as aulas serão ministradas nas regionais Petrolândia e Ressaca.
A interlocução entre Seduc e Sine viabilizou encaminhamentos de haitianos a vagas no mercado de trabalho e de mães de estudantes haitianos a cursos de qualificação.
O "Escola sem Fronteiras" é mais uma ação do "Negro em Foco" , programa institucionalizado na Rede Municipal de Ensino, desde 2006, cujo objetivo é efetivar uma pedagogia antirracista e políticas de promoção da igualdade racial na educação. Sob a responsabilidade do Departamento de Ações Afirmativas, o programa é implementado por meio da formação de educadores, ações intersetoriais e articulação com os movimentos sociais.
Também neste semestre, parceria entre a prefeitura e a CeasaMinas possibilitou a reabertura do  Projeto Telecentro. A princípio, 60 pessoas  estão  sendo beneficiadas com as aulas de informática. A maioria é constituída de trabalhadores como carregadores e ajudantes, com destaque para imigrantes haitianos que trabalham no entreposto.
Igualdade Racial
Para a coordenadora da Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial (CPIR), Maria Zenó Soares, assim como na sexta-feira, os debates do sábado (14/11) foram enriquecedores para os conferencistas reunidos no I Seminário Metropolitano de Igualdade Racial e Imigração do Município de Contagem.
O dia foi destinado à reflexões sobre a Política de Promoção de Igualdade Racial, com  foco no racismo institucional, negro e mídia e a saúde da população negra.
A representante do Movimento Negro Unificado, Ângela Gomes, enfatizou sobre o racismo institucional. Segundo ela, o racismo institucional é desencadeado quando as instituições públicas ou privadas de um país, atuam de forma diferenciada em relação a determinados grupos em função de suas características físicas ou culturais.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Contagem conquista título de “Cidade Aprendizagem” da Unesco

A cidade é a primeira de Minas a ganhar o selo concedido pela ONU

Jhonatan Otero
Contagem confirma mais um pioneirismo na área da educação e torna-se o primeiro município de Minas Gerais e o quarto do país a conquistar o selo de " Cidade Aprendizagem", concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A chancela foi oficializada na tarde dessa terça-feira (10/11), em Brasília, durante audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que contou com a presença de autoridades da entidade internacional e do secretário de Educação de Contagem, professor Ramon, além de uma caravana de estudantes e educadores contagenses que lotaram a plateia.
O Diretor da Unesco Hamburgo, Raúl Valdés, abriu a audiência pública esclarecendo que na "Cidade Aprendizagem" todos os espaços, equipamentos e pessoas de um município contribuem para ensinar e educar. Segundo ele, essas cidades constituem a base para o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável de qualquer sociedade. "O aprendizado é constante e ocorre ao longo de toda a vida, desde que nascemos, em vários locais e maneiras. Aprendemos no ambiente escolar, familiar, no trabalho, na internet, de maneira formal e informal", explicou.

O secretário de Educação destacou que foi nessa concepção que Contagem recebeu o reconhecimento da Unesco, pois o Programa de Formação Continuada - em andamento no município, com destaque para as visitas domiciliares feitas pelos articuladores comunitários - visa "mudar a realidade onde o estudante está contribuindo para a redução da vulnerabilidade social e no combate às desigualdades".
Professor Ramon disse também que é preciso saber o que as pessoas veem nessa cidade que ensina. Por isso, segundo ele, durante visitas às casas dos estudantes, os articuladores comunitários fazem essa interlocução, emitem relatórios para a Secretaria de Educação, que por sua vez, busca a solução de problemas daquela família. "A escola não pode ser vista apenas a partir do olhar do professor, mas também a partir do olhar de quem vive naquele território. É assim que estamos construindo a territorialidade, prática fundamental para consolidação da cidade educadora", encerrou o secretário.
Na plateia , representando a população haitiana que vive em Contagem, o educador Phanel Georges, agradeceu os governos municipal e federal pela recepção humanitária que tem sido dispensada a ele e seus conterrâneos. "O Programa Escola sem Fronteiras, uma das ações educativas e inclusivas da Secretaria de Educação, promove a integração dos imigrantes, o que reforça o conceito de cidade aprendizagem".
Além de Contagem, e do município pernambucano, Jaboatão dos Guararapes, que também recebeu a chancela da Unesco, nessa terça-feira (10/11), Sorocaba e Carapicuíba já aderiram ao coletivo de "Cidades Aprendizagem" da Unesco.
O convite para que Contagem integrasse ao coletivo de Cidades de Aprendizagem, organizado e reconhecido pela Unesco, foi feito ao secretário de Educação, professor Ramon, durante a Segunda Conferência Internacional da Unesco Cidades de Aprendizagem. O encontro, que reuniu representantes de 148 municípios de 86 países de todos os continentes do mundo, ocorreu na cidade do México, entre os dias 28 e 30/9.


   
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REPÓRTER: Cristina Proença   FOTO CRÉDITO: Jhonatan Otero   

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Funec forma 86 alunos dos cursos do EJA/FIC

Modalidade atende pessoas que querem terminar a educação básica e aprenderem uma profissão

Romualdo Mattos
Mais uma vitória para a educação de Contagem. Aconteceu na quinta-feira (1º/10) a formatura de 86 alunos da Educação de Jovens e Adultos / Formação Inicial Continuada (EJA/FIC), cursos voltados para pessoas que querem completar a educação básica e se qualificarem profissionalmente. Os cursos foram realizados em seis escolas do município, em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, a Fundação de Ensino de Contagem (Funec), por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Os alunos dos cursos de Operador de Computador, Operador de Caixa, Confeccionador de Bijuterias, Promotor de Vendas e Fotógrafo iniciaram as aulas em 23 de fevereiro deste ano e tiveram carga horária de 200 horas, distribuídas ao longo do ano, em 2 dias por semana.
O vice-prefeito de Contagem, João Guedes, homenageou os formandos pela conquista do certificado e do aprendizado de uma profissão. "Fico extremamente feliz em ver pessoas que estão claramente pensando e trabalhando por um Brasil melhor. Qualificar-se é o melhor caminho para isto. Agradecemos ao prefeito Carlin Moura por ter reaberto a Funec em seu primeiro ato de governo, proporcionando educação de qualidade, para jovens e adultos".
Para o presidente da Funec, Hugo Vilaça, ver novos profissionais sendo formados em Contagem é muito gratificante para a gestão pública. "A escolha de voltar a estudar, concluir o ensino médio e ainda aprender uma profissão é um passo enorme para a melhoria da qualidade de vida de cada um de vocês. Para Contagem, representa novos profissionais qualificados para atuarem na cidade e melhorarem nossos produtos e serviços. A realização do sonho de cada um dos formandos faz parte do desenvolvimento social e econômico de Contagem", frisou.
A felicidade com a nova profissão marcou o discurso de José Adriano Silva, aluno do curso de Operador de Computador. Para ele, estudar de novo foi uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida. "Com minha nova profissão, posso conseguir uma melhor remuneração e juntar dinheiro para pagar uma faculdade daqui a alguns anos", garantiu José.
Qualificação
A Funec foi a segunda fundação municipal a se credenciar como ofertante do Pronatec e, desde 2013, vem consolidando o programa. Na qualidade de ofertante, a Funec é responsável por, após captar as demandas do município, propor ao Ministério da Educação a oferta das vagas. Assim, desde a primeira pactuação, em agosto de 2013, cerca de 5 mil alunos já se matricularam nos mais de 40 cursos ofertados pela Funec.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

AEE Móvel auxilia inclusão de crianças com deficiência

Ações inclusivas comprovam pioneirismo de Contagem na Educação Infantil

Elias Ramos
Diante da recente exigência do Ministério da Educação para que os municípios estendam o Atendimento Educacional Especializado (AEE) à Educação Infantil, Contagem, mais uma vez, comprova pioneirismo na inclusão. Funciona na cidade desde o início do ano, o AEE Móvel, serviço disponibilizado pela prefeitura para apoiar e dar suporte às crianças com deficiência atendidas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis).
Ao todo, já são 89 crianças de 16 unidades beneficiadas pela iniciativa. "Mais uma vez, Contagem saiu na frente. Até 2016, nossa meta é que o AEE Móvel atenda cem por cento dos Cemeis (37 unidades), que juntos têm matriculados 169 estudantes com deficiência", ressalta o secretário de Educação, professor Ramon.
De acordo com o secretário, o trabalho é desenvolvido por quatro professoras de AEE, selecionadas, especificamente, para atuar não só com as crianças, como também com as famílias e as escolas que atendem educandos de zero a 4 anos. "Essas profissionais visitam as unidades, semanalmente, de acordo com agenda programada pela Diretoria de Inclusão da Seduc".
Mãe do estudante Pedro, de quase 5 anos, atendido no Cemei Campo Alto, na região do Petrolândia, Kárita de Oliveira Souza Barros, representa uma das famílias que aprova o AEE Móvel, e acompanha com satisfação os avanços do filho. "Percebo que ele desenvolveu demais em aspectos importantes para um autista, como por exemplo na comunicação pelo olhar, na compreensão de comandos e, até mesmo, no comportamento. Ele está mais sociável".
O filho de Kárita, que também nasceu com baixa visão, foi contemplado pela prefeitura, no início deste ano, com um kit específico para facilitar o seu dia a dia nas atividades escolares, outra iniciativa de ensino inclusivo elogiado pela mãe, que também é educadora.
Para a dirigente do Cemei Icaivera, Ana Carla Carvalho de Souza, a assessoria de profissionais de AEE aponta caminhos para que as escolas possam acolher melhor as crianças com deficiência. "Na nossa unidade, por exemplo, temos crianças com deficiências variadas como paralisia cerebral, autismo, hidrocefalia, que exigem intervençôes diferenciadas", diz a dirigente.
A proposta Curricular da Educação Infantil no país tem como pilares o educar, cuidar e o brincar, cuja ideia principal é garantir experiências que promovam o relacionamento e a interação das crianças. Nesse aspecto, explica a diretora de Inclusão da Seduc, Sebastiana Rangel, o AEE busca remover as barreiras que impedem a plena participação da criança no ambiente escolar, identifica suas necessidades específicas e, junto com a escola e família, constrói estratégias para o seu desenvolvimento.
Políticas de Inclusão
Contagem atende atualmente, além de 169 crianças com deficiência matriculadas na Educação Infantil, outros 1.134 estudantes com deficiência no ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino. A série de ações para aprimorar a educação inclusiva nas unidades da rede, envolve o trabalho de um quadro de profissionais capacitados, em frequente formação continuada.
Além dos 60 cuidadores, que auxiliam estudantes com limitações físicas mais graves nas atividades de vida diária, 500 estagiários e 47 instrutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) atuam para dar suporte pedagógico aos educadores no trabalho com esses educandos.
A Política de Inclusão dos Estudantes com Deficiência na rede de Contagem inclui também o funcionamento de 24 Salas de Recursos Multifuncionais, espaço dotado de material de tecnologia assistida, para atender as mais variadas especificidades da deficiência. Cada sala possibilita o atendimento de, aproximadamente, 25 estudantes.

Articuladores estreitam laços com comunidade escolar

Estão sendo realizadas visitas domiciliares para melhor conhecer a realidade de cada estudantes

Jhonatan Otero
Com o intuito de promover maior aproximação com a comunidade, escolas de Contagem estão indo até as famílias dos estudantes e as lideranças do território onde estão inseridas. Os 54 articuladores comunitários, que coordenam as atividades da educação integral na Rede Municipal de Ensino, agora realizam, também, visitas semanais a casa de educandos. A ação integra o Programa de Formação Continuada, que prevê o envolvimento de toda a sociedade para aprimorar a educação das crianças e jovens do município.
De acordo com o secretário de Educação, professor Ramon, a proposta das visitas domiciliares é conhecer melhor o contexto de vida do aluno para que intervenções necessárias no ambiente escolar sejam adequadas às peculiaridades do estudante. "Muitas vezes, o mal desempenho escolar ou atitudes de indisciplina por parte do educando estão associadas a alguma ocorrência em casa ou até mesmo na comunidade onde mora".
Durante as visitas, as famílias respondem a um questionário detalhado sobre suas condições econômicas e sociais, o que inclui informações sobre moradia, lazer, relações familiares, quadro de saúde e acompanhamento escolar dos filhos, dentre outras. As lideranças, por sua vez, opinam sobre o papel da escola e o que pode ser feito para elevar o senso de pertencimento naquela comunidade.
Na sexta-feira, (25/9), a dona de casa Kênia Sheila Cardoso Macedo, 33, foi uma das contempladas com a visita. Ela abriu as portas da sua casa, na Vila São Vicente, na região do Industrial, para receber Ademir José dos Santos, articulador comunitário na Escola Municipal Vereador Jésu Milton dos Santos, unidade onde estudam Atanael, 12; e Geovanna, 7, filhos de Kênia. Entre uma e outra resposta às perguntas feitas pelo articulador, a mãe destacou que o filho mais velho já recebe acompanhamento médico por causa do comportamento inquieto em sala de aula. Segundo ela, o filho tem dificuldade de concentração, mas acredita que o "agitamento seja próprio da idade".
Ao longo da visita do articulador comunitário, as famílias também recebem orientações sobre os equipamentos e serviços públicos disponíveis no território onde moram, e até mesmo, quando necessário, encaminhamentos para órgãos de saúde e de assistência social. Na conversa com Ademir dos Santos, a mãe de Atanael e de Geovanna, ficou sabendo, por exemplo, que em caso de longo período de desemprego do marido Jerson, ela pode recorrer ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras), também conhecido como Casa da Família.
Kênia Macedo elogiou a iniciativa da prefeitura. "Achei muito interessante ter oportunidade de falar de alguns assuntos da escola, aqui na minha casa. Eu me senti mais à vontade. Levo meus filhos à escola todos os dias, mas é tudo muito corrido. Além disso, às vezes, falar de determinadas coisas na secretaria da escola me deixa constrangida, porque sempre tem outras pessoas por perto", salientou.
Conceito
O Programa de Formação Continuada, em curso em Contagem, parte do princípio da Cidade Educadora, por isso a capacitação envolve todos atores e órgãos que cuidam direta e indiretamente da área de ensino no município. Além de cerca de 4 mil professores e pedagogos da Rede Municipal de Ensino, e dirigentes das escolas, o programa contempla ainda o quadro administrativo da Secretaria de Educação (Seduc), articuladores comunitários; conselheiros tutelares e conselheiros de direitos, dentre outros atores da sociedade civil.

Sobrevivente do Holocausto emociona público em Contagem

Em bate-papo com estudantes, amiga de Anne Franck, Nanette Blitz Konig, falou dos horrores da guerra e autografou livros

Jhonatan Otero
O primeiro dia da inédita visita a Contagem da sobrevivente do Holocausto e amiga de Anne Franck, Nanette Blitz Konig, foi marcado por emoção e admiração do público. Mais de 200 pessoas prestigiaram a tarde de autógrafos do seu livro "Eu sobrevivi ao Holocausto" e o colóquio com estudantes e educadores da Rede Municipal de Ensino e da Fundação de Ensino de Contagem (Funec), no hall principal do Shopping Contagem, na quarta-feira (30/9).
O vice-prefeito João Guedes falou do orgulho de receber no município uma "personagem guerreira" como Nanette. Para ele, a visita representa "um momento único para a cidade e também um convite à reflexão sobre a importância da humanização nas relações entre todas as pessoas, independentemente da raça e etnia".
O secretário-adjunto de Educação, Ademilson Ferreira, enfatizou que a visita da sobrevivente do Holocausto se insere no contexto de construção do "Cultura de Paz e Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar", projeto que começará a ser implementado nas unidades escolares da Prefeitura de Contagem, ainda neste mês. "Sabemos que não temos como abarcar toda violência social, mas no nosso foco que é a educação, vamos investir firmemente em ações pacificadoras, que certamente vão gerar reflexos positivos em todos os espaços da cidade".
Visivelmente emocionado, o rabino Uri Lam, da Congregação Israelita Mineira, após ouvir o hino de Israel, recorreu ao trecho "a nossa esperança nunca termina", para falar da importância da persistência na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. "Dona Nanette é a personificação dessa luta, assim como Anne Franck, mesmo na época nefasta do nazismo nunca perdeu a esperança por um mundo melhor".
Sem desgrudar os olhos de Dona Nanette e atenta a cada detalhe dos relatos dela, a estudante do 2º ano do Ensino Médio da Funec Unidade Ressaca, Evelyn Ferreira Prado, 16, também se emocionou com a presença da sobrevivente dos horrores do nazismo. "Li o Diário de Anne Franck, estudei sobre Hitler, mas nunca imaginei que um dia poderia estar frente a frente com uma amiga de Anne Frank. Nunca vou me esquecer deste dia", completou.
Durante a conversa com o público, Nanette Blitz Konig relembrou encontros com a amiga alemã de origem judaica, Anne Frank, que morreu aos 15 anos em um campo de concentração, e detalhou um pouco sobre o que foi o "horror" da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do nazismo aos judeus.
"O interessante é que quando acontece alguma coisa ruim a gente quer esquecer. Ela, não. Conta a história e com detalhes. Realmente, Dona Nanette é uma guerreira". A declaração é de Raianne Helena Fiuza, aluna do 6º ano da Escola Municipal Anne Frank, de Belo Horizonte, instituição que também fez questão de prestigiar a visita da sobrevivente à Contagem, com um grupo de estudantes e educadores.
De acordo com a sobrevivente, o número de vítimas do Holocausto é muito maior do que é divulgado em documentos oficiais. "Acreditamos, que mais de 9 milhões de pessoas foram mortas em Auschwitz, a maioria judeus. Mas também foram exterminados poloneses, romanos e soviéticos, além de outras nacionalidades, ciganos, homossexuais e outras minorias que confrontavam com o regime nazista". A maioria foi morta com gás, fuzilada, enforcada e incinerada no campo, antes de o Exército Vermelho derrubar seus portões no inverno de 1945.
O evento, contou ainda com apresentações musicais da Banda da Guarda Municipal e do Coral de Emmanuel, da Fundação Caminho Verdade e Vida, o que também atraiu a atenção da clientela do centro de compras.
Nanette Konig encerrou a visita a Contagem na quinta-feira (1/10), depois de participar do evento "Diálogos sobre Diversidade: ontem e hoje", na Câmara dos Vereadores; e de roda de conversa com estudantes da Funec e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no auditório da sede administrativa da Funec, no bairro Eldorado.

Sobrevivente do Holocausto visita Contagem

Encontro com estudantes, homenagem e lançamento de livro marcam a passagem de Nanete Blitz Konig pela cidade
















Contagem recebe nesta semana, durante dois dias, a visita de Nanette Blitz Konig, sobrevivente do Holocausto e amiga de Anne Frank . Durante sua passagem por Contagem, ela relembrará seus encontros com a amiga alemã de origem judaica, que morreu aos 15 anos em um campo de concentração, e contará a todos um pouco o que foi o "horror" da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do nazismo aos judeus.
Na quarta-feira (30/9), das 15h às 17h, ela participará de colóquio com estudantes e educadores de escolas da Rede Municipal de Ensino e da Fundação do Ensino de Contagem (Funec), no hall principal do Shopping Contagem. Na oportunidade, ela também lançará o livro "Memórias do Holocausto".
Na quinta-feira (1/10), entre 9h e 11h, Nanette Konig será homenageada na Câmara dos Vereadores. Já, à noite, a partir das 19h, ela cumpre a última agenda em Contagem, participando de uma roda de conversa com estudantes da Funec e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), no auditório da sede administrativa da Funec, no bairro Eldorado.
O prefeito Carlin Moura, defensor dos direitos humanos, diz que Contagem se sente honrada por receber a visita da senhora Nanette, que certamente levará a população contagense a refletir sobre a importância de se construir uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna. "No ano em que o mundo lembra os 70 anos do fim da segunda guerra mundial, é importante que a sociedade esteja sempre atenta para que violações de direitos humanos do passado não voltem a ser cometidas no presente".
A visita de uma sobrevivente do Holocausto representa também uma oportunidade para que estudantes aprofundem conhecimentos sobre fatos históricos que marcaram a humanidade e mudaram o rumo do mundo sob vários aspectos, observa o secretário-adjunto de Educação, Ademilson Ferreira. "A vinda de dona Nanette certamente os levará a reflexão sobre vários temas atuais de direitos humanos, inclusive, sobre as questões de exclusão social e de discriminação em razão da nacionalidade, crença religiosa, etnia, orientação sexual e opinião, violações essas que ocorrem, diariamente, em diversos países do mundo".
De acordo com o secretário, a visita da sobrevivente holandesa se insere ainda no contexto do "Projeto Cultura de Paz e Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar", que, em breve, será implementado nas escolas da Rede Municipal de Ensino.
Durante o Holocausto, estima-se que 1,1 milhão de pessoas foram mortas em Auschwitz, a maioria judeus. Prisioneiros de guerra poloneses, romanos e soviéticos, além de outras nacionalidades, também foram vítimas. Eles foram mortos com gás, fuzilados, enforcados e incinerados no campo, antes do Exército Vermelho derrubar seus portões no inverno de 1945.
Biografia
Nanette Blitz Konig nasceu em 6 de abril de 1929, em Amsterdã, Holanda. Sua família era de origem judia e seu pai trabalhava no Banco de Amsterdã. Tinham uma vida normal até o desencadear da Segunda Guerra Mundial.
A partir de maio de 1940, a Holanda é ocupada pelo exército alemão e os nazistas começam a perseguir os judeus. No início de outubro de 1941, os alunos judeus têm que frequentar escolas separadas dos outros e é nessa ocasião que Nanette torna-se colega de classe de Anne Frank, no Liceu Judaico.
Em setembro de 1943, a família Blitz é presa e levada para o campo de transição de Westerbork. Em 15 de fevereiro de 1944, Nanette, seus pais e seu irmão são deportados para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Neste campo, a família Blitz é enviada para uma parte conhecida como "Sternlager", onde, às vezes, prisioneiros comuns eram trocados por soldados alemães prisioneiros.
Em janeiro de 1945, Nanette é enviada para outra parte do campo de Bergen-Belsen, conhecida como campo pequeno para mulheres. De lá, ela vê Anne no campo grande de mulheres, através da cerca de arame farpado. Estes dois campos tornam-se um só, depois que a cerca de arame farpado é retirada, em fevereiro de 1945.
No final de novembro de 1944, o pai de Nanette morre de exaustão e doenças. No início de dezembro, o irmão de Nanette e sua mãe são transferidos de Bergen-Belsen e ela permanece lá sozinha.
Sua mãe morre no trem cinco dias depois que parte do campo de concentração Beendorf. O irmão dela morre no campo de concentração de Oranienburg.
Nanette sobrevive a Bergen- Belsen e é salva pelo major britânico Leonardo Berney, hoje com 93 anos. Depois da guerra, ela passou três anos hospitalizada por ter contraído tifo, doença que matou Anne Frank. Nesta época, ela recebe de Otto Frank um exemplar do livro escrito por Anne Frank - "Het Achterhuis"(O Anexo Secreto).
Quando se recuperou, foi morar na Inglaterra, onde conheceu o atual marido, John Konig, que é húngaro. Em 1953, os dois se casaram e mudaram para o Brasil logo em seguida. Ela e John têm três filhos, seis netos e quatro bisnetos. Nanette hoje segue dando palestras e falando sobre o Holocausto pelo mundo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Contagem busca opinião das famílias para aprimorar ações inclusivas nas escolas

Diante da proposta de repensar a inclusão na rede municipal de ensino, a Prefeitura de Contagem promoveu o 1º Encontro de Familiares de Estudantes com Deficiência. Reflexões sobre desafios da interação desse público no ambiente escolar nortearam os debates conduzidos pela Secretaria de Educação (Seduc), no dia 18/9, durante evento que reuniu mais de 200 pessoas, na sede administrativa da Funec, no Eldorado.


Atualmente, mais de 1.300 educandos com deficiência são atendidos nas unidades escolares da rede da prefeitura. A diretora de Inclusão da Seduc, Sebastiana Rangel, enfatizou que o encontro foi apenas o primeiro de uma série prevista para ocorrer com familiares de estudantes de todas regiões da cidade. “ A nossa ideia é instituir um fórum permanente de discussões, entre pais, professores, pedagogos e dirigentes, para aprimorarmos ações inclusivas que contribuam para o desenvolvimento de todos educandos com deficiência matriculados na rede”, acrescentou.


O palestrante do encontro, psicólogo e doutor em psicanálise, Manuel Vázquez Gil, ao salientar pontos da legislação que trata dos direitos da pessoa com deficiência, lembrou que “qualquer instituição que impeça o acesso, a permanência, e a participação do educando com deficiência nas atividades escolares pode ser penalizada”. A punição pode ser estendida também às famílias que deixam de matricular e assegurar estudos aos filhos com deficiência, completou o especialista.



A necessidade de acompanhante ao estudante com deficiência em sala de aula, tema que sempre suscita dúvida e polêmica, também foi abordado no encontro.Para Michele Musa Lopes, mãe de Charles, 10, estudante com autismo atendido na Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca, “ a presença de um mediador' é fundamental para acompanhar e estimular o desenvolvimento do estudante autista”.
Já Ana Paula Eustáquio Ribeiro Pereira, também mãe de estudante autista, tem outra opinião. “Meu próprio filho dispensou a presença da estagiária em sala de aula e isso não tem afetado o seu desenvolvimento, até então. Acho que ele quer se sentir como os demais coleguinhas, sem acompanhantes para as atividades da escola”, frisa a mãe de Natã Walad, 9, aluno da Escola Municipal Domingos José Diniz Costa Belém.


Com conhecimento de causa, por também conviver com filho autista, o palestrante Manuel Vázquez, lembrou que todo pai e toda mãe quer o melhor para o filho, mas dependendo da deficiência, a presença de um monitor pode impedir a conquista da autonomia. Para ele, a definição da necessidade da presença do acompanhante deve ser da escola, pois é quem observa o cotidiano do estudante, “ e consegue apontar as limitações e as potencialidades de cada aluno”.


Suporte
Atualmente, a prefeitura mantém, além de 60 cuidadores, 500 estagiários, que atuam como auxiliares de Apoio à Inclusão da Pessoa com Deficiência nas escolas da rede municipal de ensino. Eles recebem formação, periodicamente , para aprimorar cada vez mais as ações inclusivas no ambiente escolar. Nos últimos dias 14, 17 e 18/9, por exemplo, a Secretaria de Educação promoveu formação para os estagiários, com atividades no auditório do Centec.

Ações inclusivas comprovam pioneirismo de Contagem na Educação Infantil

Diante da recente exigência do Ministério da Educação para que os municípios estendam o Atendimento Educacional Especializado (AEE) à educação infantil, Contagem, mais uma vez, comprova pioneirismo na inclusão. Funciona na cidade desde o início do ano, o AEE Móvel, serviço disponibilizado pela prefeitura para apoiar e dar suporte às crianças com deficiência atendidas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis).
Ao todo, já são 89 crianças de 16 unidades beneficiadas pela iniciativa. “Mais uma vez, Contagem saiu na frente . Até 2016, nossa meta é que o AEE Móvel atenda cem por cento dos Cemeis (37 unidades), que juntos têm matriculados 169 estudantes com deficiência”, ressalta o secretário de Educação, professor Ramon.


De acordo com o secretário, o trabalho é desenvolvido por quatro professoraes de AEE, selecionadas especificamente para atuar não só com as crianças, como também com as famílias e as escolas que atendem educandos de zero a 4 anos. “ Essas profissionais visitam as unidades, semanalmente, de acordo com agenda programada pela diretoria de Inclusão da Seduc”.


Mãe do estudante Pedro, de quase 5 anos, atendido no Cemei Campo Alto, na Regional Petrolândia, Kárita de Oliveira Souza Barros, representa uma das famílias que aprova o AEE Móvel, e acompanha com satisfação os avanços do filho. “ Percebo que ele desenvolveu demais em aspectos importantes para um autista, como por exemplo na comunicação pelo olhar, na compreensão de comandos e, até mesmo, no comportamento. Ele está mais sociável”.
O filho de Kárita, que também nasceu com baixa visão, foi contemplado pela prefeitura, no início deste ano, com um kit específico para facilitar o seu dia a dia nas atividades escolares, outra iniciativa de ensino inclusivo elogiado pela mãe, que também é educadora.
Para a dirigente do Cemei Icaivera, Ana Carla Carvalho de Souza, a assessoria de profissionais de AEE aponta caminhos para que as escolas possam acolher melhor as crianças com deficiência. “Na nossa unidade, por exemplo, temos crianças com deficiências variadas como paralisia cerebral, autismo, hidrocefalia, que exigem intervençôes diferenciadas”, diz a dirigente.


A proposta Curricular da Educação Infantil no país tem como pilares o educar, cuidar e o brincar, cuja ideia principal é garantir experiências que promovam o relacionamento e a interação das crianças.Nesse aspecto, explica a diretora de Inclusão da Seduc, Sebastiana Rangel, o AEE busca remover as barreiras que impedem a plena participação da criança no ambiente escolar, identifica suas necessidades especificas e, junto com a escola e família, constroi estratégias para o seu desenvolvimento.


Políticas de Inclusão
Contagem atende atualmente , além de 169 crianças com deficiência matriculadas na Educação Infantil, outros 1.134 estudantes com deficiência no Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino.
A série de ações para aprimorar a educação inclusiva nas unidades da rede, envolve o trabalho de um quadro de profissionais capacitados, em frequente formação continuada.

Além dos 60 cuidadores, que auxiliam estudantes com limitações físicas mais graves nas atividades de vida diária, 500 estagiários e 47 instrutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) atuam para dar suporte pedagógico aos educadores no trabalho com esses educandos.
A Política de Inclusão dos Estudantes com Deficiência na rede de Contagem inclui também o funcionamento de 24 Salas de Recursos Multifuncionais, espaço dotado de material de tecnologia assistida, para atender as mais variadas especificidades da deficiência. Cada sala possibilita o atendimento de, aproximadamente, 25 estudantes.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Prefeito e atletas do vôlei visitam Cemei Cândida Ferreira

Crianças aprenderam sobre vôlei de praia e foram convidadas a participar da segunda etapa do Circuito BrasileiroRicardo Lima


Apesar do vôlei já ser um esporte tradicional em Contagem, a modalidade de praia ainda é novidade para muita gente. Com o intuito de promover o esporte, a Prefeitura de Contagem, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o Banco do Brasil levaram quatro atletas, que participarão da segunda etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, ao Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Cândida Ferreira, na região da Ressaca, na tarde de quarta-feira (16/9).
Junto com as duas duplas de jogadoras, formadas por Fernanda Berti/Taiana e Tainá/Andressa, o prefeito Carlin Moura explicou às crianças que o município vai simular o litoral, mesmo não tendo mar. "O vôlei de praia nem sempre é próximo ao oceano, por isso nós estamos recebendo essas atletas. Elas vieram de longe para nos mostrar esse esporte maravilhoso, que nós já conhecemos um pouco aqui na cidade".
Segundo a diretora da unidade, Ana Paula Pereira de Castro, os cerca de 170 estudantes da escola receberam orientações durante a semana sobre o vôlei de praia, com trabalhos em sala de aula e atividades lúdicas. O objetivo foi introduzir os alunos no universo do esporte e ensinar como funciona a prática. "Para nós foi uma surpresa muito positiva essa visita. É um incentivo para todas as crianças. Nós procuramos sempre estimular nossos alunos à prática esportiva. Também fizemos um trabalho com eles sobre a modalidade e, hoje, vimos que eles aprenderam bastante, já que souberam responder às perguntas do prefeito", contou Ana Paula.
A secretária de Esporte, Lazer e Juventude, Sílvia Messias (Silvinha Dudu), também aproveitou a oportunidade para mostrar às crianças o papel do esporte. "Como o prefeito sempre diz, a nossa cidade já está acostumada ao vôlei, temos um carinho especial por essa modalidade. É bom que vocês conheçam e pratiquem, porque esporte é saúde. É disso que Contagem precisa".
As crianças do Cemei retribuíram a visita com duas apresentações musicais, que farão parte da festa da família, neste fim de semana. A atleta Fernanda Berti agradeceu a performance e pediu apoio dos alunos nos jogos. "Eu gostei muito da apresentação e espero ver todos vocês lá, torcendo por nós. Estou muito feliz de estar em Minas Gerais novamente, eu já morei aqui e sei que é um ótimo lugar para o vôlei".
Para o administrador da Regional Ressaca, José Carlos Menezes, a presença do evento na região será muito benéfica para o público. "É um prazer sediarmos a realização desta competição inédita no município. Tenho certeza que ela será um estímulo para todos os que forem assistir", afirmou.
Também participaram da visita o diretor-geral de Esporte, Lazer e Juventude, Antônio Carlos (Kaká); a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Letícia da Penha; o chefe de Gabinete, Farley Lima; e o administrador da Regional Nacional, Thalys Marcelo Marques.
Sessão de autógrafos
Os visitantes do Shopping Contagem também tiveram nesta quarta-feira (16/9) o primeiro contato com o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. A medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres, Juliana, e a jogadora Maria Elisa, também experiente em Jogos Olímpicos, participaram de uma sessão de autógrafos, em que foram distribuídos camisetas e bonés. O público ainda teve a chance de tirar fotos com as atletas.
"Esse evento é muito bom para divulgarmos o circuito, que nunca aconteceu em Contagem. Aqui recebemos também o carinho dos torcedores, algo que é maravilhoso para nós e nos incentiva. Eu ainda vou contar com uma torcida especial para mim, já que tenho família em Belo Horizonte", explicou Maria Elisa.
As amigas Sabelle Morais Gomes e Bárbara Duarte Miranda, que são fãs de vôlei, aproveitaram a oportunidade para cumprimentar a dupla. "Sempre acompanhamos o vôlei. Nós ficamos sabendo que vai ter o circuito e estaremos lá na sexta-feira", explicou Bárbara.
Já o estudante Bernardo Tadeu Ferreira Valério contou que "sempre que consigo assisto aos jogos da Maria Elisa e até já fui em alguns jogos. Ela tem muitas chances de vencer e estarei na torcida, junto com a minha família".
As disputas do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia acontecem desta quinta-feira (17/9) até domingo (20/9), no Parque Linear do Sarandi. A entrada é franca.

Contagem incentiva inclusão de estudantes surdos

Valorização da Libras integrou as discussões entre os deficientes, familiares e comunidade escolarJhonatan Otero


No mês em que se comemora o Dia Nacional do Surdo (26/9), estudantes com deficiência auditiva da Rede Municipal de Ensino, familiares e comunidade se reuniram para troca de ideias sobre a importância do aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Promovido pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Educação (Seduc) e pela Sociedade Cultural e Religiosa de Minas Gerais (SCRMG), instituição parceira responsável pelo contrato de tradutores e intérpretes que atuam nas escolas, o evento ocorreu no sábado (12/9), na Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca, no Eldorado.
O encontro foi pautado por momentos de socialização, inclusão e integração, com realização de palestra, oficinas e teatro. A peça "Alice no Mundo dos Surdos", encenada por alunos surdos e ouvintes, levou o público, de quase 200 pessoas, a refletir sobre o desafio da interação de quem tem deficiência auditiva.
O secretário de Educação, professor Ramon, presente ao evento, lembrou que "ser deficiente não significa que tem que ser tratado com diferença". Atualmente, 55 estudantes surdos e com baixa audição são atendidos na Rede Municipal de Ensino. "Para que tenham acesso ao aprendizado, de forma igualitária aos colegas ouvintes, eles são acompanhados em sala de aula, por um grupo de tradutores e intérpretes de Libras, contratados pela prefeitura", acrescentou.
A socialização em Contagem envolve, ainda, o incentivo ao aprendizado de Libras de todos que integram o cotidiano do educando surdo. "Toda semana, dentro das escolas onde há alunos surdos, nossa equipe oferece o ensino básico de Libras para familiares, professores e colegas interessados em aprimorar a comunicação com quem tem deficiência auditiva", revela a diretora de Inclusão da Seduc, Sebastiana Rangel.
Talles Yuri Rodrigues, 14, sente-se totalmente integrado à Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca, onde estuda há sete anos. A mãe de Talles, Zaira Taísa Barbosa, comparou a evolução do filho, antes, em uma escola da rede particular; e depois; após ingresso em uma escola da Rede Municipal de Contagem. "A presença do tradutor e do intérprete faz muita diferença. Ele desenvolveu demais, conquistou mais autonomia, faz os deveres de casa sozinho, tem prazer em vir para a escola. Aqui, ele está totalmente incluído".

Escolas bilíngues
Estudos apontam que 90% dos surdos nascem em famílias de ouvintes, portanto, isso é um dificultador nas comunicações, analisa a tradutora e intérprete de Libras da SCRMG, Heldea Angela dos Santos Braga. "Normalmente, o surdo só vê boca mexendo. Há um equívoco dos familiares, ao acreditar que o deficiente auditivo entende a fala. Na verdade, o que ele entende são os gestos".

Para tentar minimizar as dificuldades enfrentadas pelos surdos, a legislação estabelece que haja "respeito ao ensino dos surdos na Língua Brasileira de Sinais como sua primeira língua e na língua portuguesa como a segunda língua, ou seja, escolas bilíngues". Essa é a principal bandeira de reivindicação dos surdos do país no "Setembro Azul", denominação dada pela Comunidade Surda para chamar atenção para o 26 de setembro, Dia Nacional do Surdo.
Em Contagem, de acordo com Heldea Braga, a data será celebrada com uma caminhada na avenida João César de Oliveira, no bairro Eldorado, às 9h, partindo do Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, ponto de concentração, até a altura do Big Shopping.

A Comunidade Surda conquistou o reconhecimento legal de sua língua, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), com a Lei Nº 10.436 de 24 de abril de 2002 e o Decreto Federal Nº 5.626/2005, onde se reconhece a Libras, como uma língua natural das pessoas surdas do Brasil.

Parceria possibilita reabertura de Telecentro da CeasaMinas

Curso de informática vai propiciar a inclusão digital de trabalhadores e alunos do núcleo da EJA do entreposto

 Jhonatan Otero


A Prefeitura de Contagem trabalha para ampliar ações de inclusão social e digital no município. Na quarta-feira (9/9), a Ceasa Minas pôde retomar o Projeto Telecentro, que se encontrava desativado, graças a uma parceria com a Secretaria de Educação (Seduc). A princípio 60 pessoas serão beneficiadas com as aulas de informática. A maioria é constituída de trabalhadores, como carregadores e ajudantes de caminhão, com destaque para imigrantes haitianos e, ainda, por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que estudam no anexo da Escola Municipal Cel. Joaquim Antônio da Rocha, instalado no local (denominado Escola Cidadã Ceasa).
O secretário de Educação, professor Ramon, presente na aula inaugural do Telecentro, agradeceu a parceria com a CeasaMinas, lembrando que não há como retroceder da era digital. "O conhecimento em informática passou a ser uma exigência básica na maioria dos empregos e concursos públicos, por isso não tem como ficar de fora desse aprendizado".
O coordenador do Comitê de Responsabilidade Social/ Empresarial do entreposto, Celso Eustáquio de Souza, parabenizou a prefeitura por levar a educação a espaços alternativos da cidade e, assim, possibilitar que mais pessoas tenham acesso a conhecimentos. "Já há alguns anos, nossos trabalhadores que chegam na CeasaMinas, ainda de madrugada, puderam voltar a estudar, porque a Secretaria de Educação disponibiliza aqui a oferta de EJA. Agora também serão incluídos na era digital".
O haitiano Frantz Casimr, 35, que trabalha como carregador na CeasaMinas, está entre os 60 matriculados no curso de informática do Telecentro. Ele tem como meta melhorar a empregabilidade. "Quero aprender informática para buscar novas oportunidades no mercado de trabalho", destacou o imigrante que chegou ao Brasil há quase um ano e meio, e vive na região do Nacional, com a esposa e dois filhos.
Richard Simões, 17, também está com boas expectativas para aprofundar os conhecimentos sobre informática. Ele, que já cursa a EJA, no núcleo da CeasaMinas, só tem elogios ao espaço. "Esta escola me transformou. É uma escola diferenciada, comparada com outras por onde passei. Os professores são mais atenciosos, nós não voltamos com dúvida para casa. Por isso, as minhas expectativas com relação às aulas de informática, são as melhores possíveis".
Curso
Pela parceria firmada, coube à Secretaria de Educação (Seduc) disponibilizar o professor para a regência das aulas de informática, além do fornecimento do material didático. A certificação também será expedida pela Seduc, no final do curso, previsto para ocorrer em dezembro.
Já à CeasaMinas, coube a cessão do espaço físico e dos computadores. O Telecentro foi equipado com máquinas fornecidas pelo governo federal há mais de cinco anos.
Com duração de 80 horas, inicialmente, o curso terá quatro turmas, podendo ter esse número ampliado, conforme demanda. Cada turma terá duas aulas semanais, à tarde, com duração de uma hora e meia, cada.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Seduc realiza aula inaugural dos Gts 2015



A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), via Departamento de Diversidade e Ações Afirmativas (Decadi), trabalha para consolidar discussões e projetos sobre as temáticas da diversidade, étnico-racial e outras questões transversais nas unidades escolares. Para isso, é realizada a formação continuada de professores, na modalidade de Grupos de Trabalho (Gts). No último dia 13/8, ocorreu a aula inaugural de quatro Gts que, neste ano, envolvem 200 educadores da rede municipal de ensino e da Fundação de Ensino de Contagem (Funec).
O evento, no auditório da PUC Contagem, contou com a presença do secretário de Educação, professor Ramon, e de representantes dos órgãos parceiros. As boas vindas aos participantes da aula inaugural ficaram por conta de integrantes do Projeto Educação pelo Tambor, que deram um show de dança e percussão.
O secretário Ramon falou da importância de se fomentar discussões nas escolas, pois as unidades retratam a diversidade e a complexidade do que ocorre na sociedade. “Por isso, o debate tem que ser contínuo e os educadores devem estar preparados para lidar com essa movimentação social. Não podemos retroceder nos avanços”, enfatizou.
A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Letícia da Penha Guimarães, que também prestigiou o evento, cumprimentou a Seduc pela preocupação com a formação de pessoas conscientes para discussão de “pautas boas e importantes”, não só para a escola, como também para toda a cidade.
Representando o presidente da Funec, Hugo Vilaça, a diretora-geral do Departamento Educacional da instituição, Luzia Moreira, parabenizou o Decadi pela realização dos GTs. " Nossos professores nos cobram os Grupos de Trabalho. Para a Funec, seria muito difícil promover uma formação dessa natureza, sem o apoio de vocês”. Ao falar da importância da escola inclusiva, ela destacou que a Funec disponibiliza uma cota de 70 vagas para estudantes com deficiência, mas lamentavelmente, as famílias ainda desconhecem o fato e os filhos acabam deixando de usufruir desse benefício. Luzia Moreira informou ainda que a Funec já se encontra no processo de construção da cota para negros.


Grupos de Trabalho 2015
De acordo com o diretor do Decadi, João Alves, os Gts, além de promover a formação continuada, contribuem para potencializar e dar visibilidade aos acervos dos materiais sobre as temáticas existentes nas escolas. “Também valorizam as atividades desenvolvidas pelos professores em seus locais de trabalho, uma vez que parte da carga horária é destinada à construção de projetos pedagógicos”.
Os Gts/2015 contemplam as temáticas Educação para as Relações Étnico-Raciais; Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual; Étnico-Racial - turma de Continuidade e, ainda, uma das inovações deste ano que é o GT intersetorial, destinado às Temáticas Transversais. Esse GT abordará a relação entre a Educação e assuntos contemporâneos tais como Segurança Pública, Educação Ambiental, Educação para Trânsito, dentre outros.
Com duração de 60 horas (sendo 36h presenciais e 24h de projeto de intervenção), os Gts terão nove encontros, envolvendo aproximadamente 200 educadores, distribuídos em oito turmas. Cada temática será trabalhada por duas turmas, manhã e tarde.
Para as questões etnico-raciais, a formação contará com professora Rosa Margarida Carvalho, pós-graduada em Estudos Africanos e Afro Brasileiros pela PUC-MG. Para as questões de gênero, sexualidade e diversidade sexual a formação será conduzida pela professora e psicologa Cláudia Natividade, doutora em Estudos Linguísticos na linha de pesquisa de "Análise do Discurso e do Texto" da Faculdade de Letras de UFMG.
Já os temas tranversais, cada encontro ficará a cargo dos órgãos parceiros. Para tratar de assuntos tão diversos, a Seduc contará com a parceria das secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania; Defesa Social; Meio Ambiente e Sustentabilidade; da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Atenção ao Idoso; e, ainda, com as coordenadorias de Políticas para Mulheres; e de Promoção da Igualdade Racial, além da Transcon, Procon e Defesa Civil.
Outra inovação importante, neste ano, segundo a Seduc é a parceria com PUC-Minas para realização da maioria das atividades dos Gts, sendo que a certificação também contará com a chancela da instituição.
O encerramento dos Gts está marcado para 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.


Palestra
Doutora em Ciências Sociais pela PUC-MG, a professora Júlia Calvo, conduziu a palestra do encontro, abordando a importância de se trabalhar bem as diferenças no ambiente escolar. Para ela, é impossível realizar esse trabalho sem pensar no currículo, o qual deve caminhar junto com as mudanças ocorridas na sociedade. “A diferença deve estar vinculada a uma questão de cidadania, pois uma afirmação de direito”, enfatiza .
A especialista lembra que o espaço escolar é onde ocorre as lutas em todas as esferas, quer seja de gênero, raça, classe social, dentre outras. Assim, o educador tem que estar preparado para interpretar e relacionar com isso, “esclarecendo e legitimando essas lutas”. Mas o que ocorre, na maioria das vezes, segundo a palestrante, que “o educador acaba sendo engessado dentro do sistema e não fazendo a diferença”.


Negro em Foco e Gênese


O diretor do Decadi, João Alves, explica que “é nessa perspectiva, de evitar o engessamento do professor, que a Seduc vem dando continuidade ao aos Programas Negro em Foco e Gênese”.
O Programa Negro em Foco, institucionalizado em 2006, tem como principal objetivo consolidar estratégias no âmbito municipal que grantam a implementação da Lei 10.639 de 2003, para efetivar uma pedagogia anti-racista e políticas de Promoção da Igualdade Racial.
O Programa Gênese (Gênero, Sexualidade e Educação), que foi institucionalizado em 2007, tem como principais objetivos a construção e implementação de políticas educacionais voltadas para o combate a homofobia e ao sexismo, a valorização da diversidade e a garantia de uma escola democrática e inclusiva.
Em 2015 está sendo implantado o Projeto Escola Sem Fronteiras para promover a integração social e cultural de imigrantes e estrangeiros no município. “Propõe garantir o acesso à educação, além de ações inclusivas para as populações itinerantes e imigrantes, por meio de articulações entre ambientes comunitário,públicos e privados” esclarece o diretor do Decadi.
Ambos programas e o projeto têm como eixos comuns a formação continuada de educadores, a articulação e parcerias com os movimentos sociais e as universidades, a ampliação do acervo das bibliotecas escolares com as respectivas temáticas, e as ações intersetoriais comas demais secretarias e autarquias da administração pública municipal.










Assinada Ordem de Serviço para ampliação do Marista

Colégio, que funciona em espaço público, ganhará quatro novas salas para atender ex-alunos da E.M. Francisco Borges da Fonseca

 

Ricardo Lima 

 

A Prefeitura de Contagem assinou, na tarde da quarta-feira (13/8), a Ordem de Serviço (OS) para ampliação do Colégio Marista Champagnat de Contagem, no bairro Cinco. Quatro novas salas serão construídas para acomodar os 90 alunos do quarto ano oriundos da Escola Municipal Francisco Borges Fonseca, assegurando assim uma infraestrutura fixa para as futuras turmas que também serão transferidas para o Marista.
O colégio particular funciona no prédio da antiga Escola Municipal Professora Maria Olintha, e abriga apenas estudantes que vivem na região e se encontram em situação de vulnerabilidade social. O instituto também distribui, gratuitamente, uniforme, merenda e materiais escolares para todos os alunos. A parceria entre a prefeitura e o Marista foi firmada há cinco anos e, recentemente, recebeu um termo aditivo para sua continuação.
Após assinar a Ordem de Serviço, o prefeito Carlin destacou a importância de se investir em educação, uma das principais preocupações de seu governo. "O estudante é a semente que faz germinar uma nova sociedade. A missão dos estudantes é construir uma sociedade de igualdade, por isso, precisamos nos dedicar à educação. Essa parceria é de muito sucesso. Temos interesse em mantê-la e ampliá-la. Com a educação, todo o país ganha", afirmou.
Para a diretora do Marista, Maria Lúcia Almeida, a união da escola e da prefeitura traz um ganhos para os dois envolvidos. "O prédio acolhe a escola Marista, que se compromete, numa parceria com a prefeitura, a garantir uma educação de qualidade a todas as crianças, efetivamente, proporcionando o que o atual governo já vem buscando", explicou.
O secretário de Educação, professor Ramon, também frisou os frutos colhidos com o convênio firmado. "O processo de transição da antiga Escola Municipal Professora Maria Olintha para o Marista foi bem-sucedido, e isso faz com que a Secretaria de Educação defenda a parceria, já que os Maristas chegaram, em um ato filantrópico, para dar suporte à ampliação do atendimento da rede pública".
A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos é a responsável pelo projeto de ampliação da escola. "É motivo de muito orgulho estar aqui hoje por se tratar de uma obra de educação, pois ela forma cidadãos e esse é nosso dever", pontuou o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Mário Sérgio Corrêa.
A empresa vencedora da licitação, que vai executar o serviço, tem até novembro para entregar as novas salas. Cada espaço terá 42 metros quadrados e serão investidos, aproximadamente, R$ 334 mil.
A mãe do aluno Gustavo, Patrícia Rocha, elogiou a iniciativa de criar um espaço próprio para os estudantes oriundos da E.M. Francisco Borges da Fonseca, pois trará mais tranquilidade aos pais. "Fiquei feliz demais com a construção das novas salas. A estrutura da escola é muito boa e gosto muito do respeito e a seriedade com que nos tratam. Você deixa seu filho na escola sabendo que ele está em segurança", avaliou.
Também estiveram presentes à solenidade o vice-prefeito João Guedes; o chefe de Gabinete, Farley Lima; a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Letícia da Penha; e os vereadores Alex Chiodi e Jair Tropical.

   
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REPÓRTER: Débora Ferreira   FOTO CRÉDITO: Ricardo Lima   
PUBLICAÇÃO: 13/08/2015 18:33:32

 

Prefeito recebe vencedores de concurso cultural



O prefeito Carlin Moura recebeu, na sexta-feira (7/8), os 11 estudantes vencedores do Concurso Intercâmbio Cultural Contagem das Letras. Eles foram premiados com uma viagem de cinco dias à capital do Uruguai, Montevidéu, acompanhados de professores, que ocorrerá em meados de outubro. Os ganhadores são alunos da Rede Municipal de Ensino, incluindo estudantes do 3º ciclo do ensino fundamental (12 a 14 anos), da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do ensino médio, ofertado pela Fundação de Ensino de Contagem (Funec). A competição contou com a participação de 51 unidades escolares.
Carlin Moura parabenizou os vencedores e destacou a participação e o envolvimento dos professores e alunos na atividade. "O concurso tem importância não apenas pela viagem em si, mas se valoriza pela oportunidade de colocar os estudantes em contato com uma cultura semelhante a nossa, porém com alguns aspectos diferentes", afirmou.
O secretário de Educação, professor Ramon, informou que o concurso é uma iniciativa inédita no município. "É mais uma ação que comprova que o atual governo não mede esforços para elevar a qualidade da educação e valorizar os profissionais que atuam na Rede Municipal de Ensino".
Ramon lembrou, ainda, que o concurso tem caráter recreativo cultural e visa, sobretudo, estreitar o vínculo e fortalecer os diálogos entre as duas cidades. "A ideia, também, é despertar, em nossos estudantes, o interesse e a curiosidade, além de propiciar a eles a ampliação de conhecimentos", acrescentou o secretário.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Educação, 18.911 estudantes da rede e da Funec foram mobilizados para participar do evento, e conforme previsto no regulamento, as próprias escolas se encarregaram de fazer uma pré-seleção. Ao final, a organização recebeu 61 redações para chegar aos 11 finalistas.
Iniciativa inédita
O Concurso de Intercâmbio Cultural Contagem/Montevidéu integra as ações do Plano de Relações Internacionais de Contagem. É uma realização da prefeitura, via Programa de Leitura Contagem das Letras, da Secretaria de Educação (Seduc), com apoio da Funec.
O processo teve início no final de maio com a divulgação do edital. A primeira etapa, de caráter eliminatório e classificatório, consistiu na produção de um texto dissertativo, ou seja, uma redação, com a temática "Sou Contagem, sou do mundo, sou Minas Gerais", cuja proposta foi permear a ideia de pertencimento e valorização da cidade, Estado e país. Os textos foram produzidos no período de 10 de junho a 8 de julho.
Motivo de Orgulho
A estudante da EJA, na Escola Municipal Dona Babita Camargos, na Sede, Aparecida Schleveis Lima, 54, se surpreendeu com a conquista do prêmio. "Entrei no concurso mais por incentivo do professor Marconi. Apesar de ter me empenhado ao máximo, não esperava ter minha redação escolhida entre as melhores. Ganhar uma viagem para fora do país, então, nunca havia passado pela minha cabeça", relatou a costureira que viu na EJA a oportunidade de retomar os estudos, no início deste ano.
Maria Clara de Souza Reis Ribeiro, 12, seguiu à risca o tema da redação proposto pelo concurso e foi uma das ganhadoras do prêmio, na categoria 3º ciclo do ensino fundamental. Estudante da Escola Municipal José Ovídio Guerra, no bairro Eldorado, a adolescente aguarda com ansiedade a viagem. Ela, que se diz amante da leitura, vê no prêmio "mais uma chance para ampliar seus conhecimentos e conhecer um pouco sobre a cultura do país vizinho".
Valquíria Peregrino, mãe da estudante Carla Camila Santos Peregrino, 13, também aluna da Escola Municipal José Ovídio Guerra e vencedora na categoria 3º ciclo do ensino fundamental comemora o feito da filha. "Achei maravilhoso, estou muito orgulhosa. Ela merece, sempre foi boa aluna e estudiosa. A viagem será mais uma oportunidade de crescimento para ela", enfatizou.
Orgulhoso pela conquista do prêmio de dois de seus alunos, o professor de sociologia da Funec, nas unidades Alvorada e Nova Contagem, Frederico Alves Lopes, destacou que o concurso foi recebido com muita empolgação. Segundo ele, os diretores e os professores abraçaram a causa e incentivaram os alunos a dedicarem tempo e imaginação na construção dos textos. "Fiquei muito satisfeito em poder colaborar com meus alunos, pois até onde sei, este é um projeto original nas escolas públicas de Contagem". O educador, que acompanhará os estudantes Fernando Almeida de Jesus, 17, (Funec Alvorada); e Kadimielle Marins, 14, (Funec Nova Contagem) durante a viagem ao Uruguai, acredita que a experiência "vai ajudá-los a abrir a mente e ampliar a visão crítica e cultural que têm sobre o mundo", concluiu.
Comitiva/Próximas Etapas
No período de 16 a 17 de julho, uma comitiva de Contagem, integrada pelo secretário-adjunto de Educação, Ademilson Ferreira; pela dirigente educacional do Programa de Leitura Contagem das Letras, Alessandra Soares; e pela diretora-geral do Departamento Educacional da Funec, Luzia Moreira, viajou ao Uruguai. O grupo foi conhecer de perto as instalações e acertar os últimos detalhes da estada dos professores e estudantes contagenses naquele país.
Mas até a data da viagem, marcada para ocorrer entre os dias 12 e 16 de outubro, os vencedores do concurso participarão de outras atividades para ampliar os conhecimentos sobre o país vizinho.
No dia 25/8, está prevista a realização de uma videoconferência. Na oportunidade, estudantes contagenses vão interagir com cidadãos uruguaios, que participam e usufruem das atividades ofertadas no Complexo SaCuDe, espaço municipal uruguaio, que desenvolve projetos sociais nas áreas de cultura, saúde e esporte, beneficiando 2. 500 moradores do bairro Zona de Casavalle, em Montevidéu.
Em outubro, ocorre também a Semana de Intercâmbio, quando Contagem receberá um grupo de uruguaios, para mais atividades de interação com os contagenses.
Confira abaixo a relação dos estudantes vencedores do concurso e respectivos professores que ganharam a viagem para o Uruguai.

CATEGORIA
UNIDADE ESCOLAR
ESTUDANTE PREMIADO
EDUCADOR PREMIADO
3º CICLO
EM Bairro Tropical
João Pedro dos Santos
Simone Garofalo Carneiro
3º CICLO
EM José Ovídio Guerra

Carla Camila Santos Peregrino
Margareth Dias de Freitas
3º CICLO
EM José Ovídio Guerra

Maria Clara de Souza Reis Ribeiro
Leonardo Duarte Farias
3º CICLO
EM Machado de Assis
Sarah Aparecida Silva Leite
Renata Leite Latini Leão
3º CICLO
EM Profª. Ana Guedes Vieira
Yasmin Rodrigues da Silva Morais
Marta Cristina Trindade Cézar
EJA
EM Dona Babita Camargos
Aparecida Schleveis Lima
Marconi José de Carvalho
EJA
EM Glória Marques Diniz
Carmem Marta Pereira Carvalho
Josie Germino dos Santos de Assunção
EJA
EM Profª. Ana Guedes Vieira
Leide Ane da Silva
Maurício Elizeu da Fonseca
ENSINO MÉDIO
Funec Alvorada

Fernando Almeida de Jesus
Frederico Alves Lopes
ENSINO MÉDIO
Funec Nova Contagem
Kadimielle Marins Ferreira
Frederico Alves Lopes
ENSINO MÉDIO
Funec Novo Eldorado

Douglas Macedo Silva Costa
Sérgio Vaz Alkimim

   
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REPÓRTER: Cristina Proença/Débora Ferreira   FOTO CRÉDITO: Ricardo Lima   
Ricardo Lima